Em nota, ADPF repudiou o episódio
Divulgação - 10.08.2022
Em nota, ADPF repudiou o episódio

A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou o ataque a policiais federais pelo  ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão contra ele neste domingo (23), em Levy Gasparian, Rio de Janeiro . Em nota divulgada, os delegados exigiram uma "rigorosa punição" ao responsável pelas agressões.

"É totalmente inaceitável qualquer tipo de violência contra policiais federais, em especial no cumprimento do dever legal estabelecido pela Constituição Federal", acrescentou a corporação.

Ainda, a ADPF estima recuperação dos policiais vítimas do que chamou de "absurdo atentado".

Segundo a PF , Jefferson reagiu à ordem de prisão. "Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessados pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem", informou.

Hoje pela manhã, o ex-deputado federal afirmou ter trocado tiros com policiais federais que foram até sua casa para prendê-lo.

O mandado para prender Jefferson é assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e foi enviado à Polícia Federal do Rio de Janeiro no fim da noite do sábado (22) . O ex-parlamentar está em prisão domiciliar.

A operação acontece após  Roberto Jefferson xingar a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “bruxa” e compará-la a uma “prostituta” após o voto favorável da ministra em conceder 116 direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan , depois que o canal divulgou informações falsas sobre o petista. O vídeo foi publicado nas redes sociais de Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha dele.

Ele usou também os termos "Bruxa de Blair" e "Carmen Lúcifer" para se referir à ministra. Os ataques foram fortemente repudiados por Moraes , pela presidente do Supremo, Rosa Weber, juízes federais e políticos.

Após a troca de tiros, Roberto Jefferson negou ter atirado com intuito de acertar algum agente. Segundo o ex-presidente do PTB, os tiros acertaram o carro da PF e regiões próximas aos agentes.

Nas redes sociais, Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputam o segundo turno das eleiçõescomentaram o caso envolvendo o ex-deputado .

O petista disse que os xingamentos "não podem ser aceitos por ninguém que respeita a democracia" e o candidato do PL, afirmou já ter determinado a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro "para acompanhar o andamento deste lamentável episódio".

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