Ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson
Antonio Augusto/Secom/TSE - 02.10.2022
Ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson

O mandado para  prender o ex-deputado federal Roberto Jefferson é assinado pelo  ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e foi enviado para a Polícia Federal do Rio de Janeiro no fim da noite do sábado, 22. O ex-parlamentar está em prisão domiciliar.

A decisão de Moraes manda Jefferson de volta para a cadeia. Neste domingo, 23, a Polícia Federal foi até o município de Levy Gasparian, no interior do Rio, para cumprir o mandado .

A filha de Jefferson , a ex-deputada Cristiane Brasil, afirma que houve troca de tiros entre o pai e policiais federais. Por volta das 14h20, o ex-deputado estava entrincheirado em casa e a PF se mantinha do lado de fora da casa dele.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais por parlamentares de direita mostra o que parece ser um circuito interno de segurança da casa de Roberto Jefferson. Uma voz, que se assemelha a do ex-deputado, começa a dizer que não vai se entregar. "Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los", disse.

A ordem de Moraes vem logo depois de ataques feitos por Jefferson à ministra do STF Cármen Lúcia . Em vídeo divulgado na sexta-feira, 21 , Jefferson comparou a ministra a uma "prostituta" por ela ter votado a favor de conceder 116  direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Jovem Pan , depois que o canal divulgou informações falsas sobre o petista

Ele usou também os termos "Bruxa de Blair" e "Carmen Lúcifer" para se referir à ministra . Os ataques foram fortemente repudiados por Moraes, a presidente do Supremo, Rosa Weber, juízes federais e políticos.

Nas redes sociais, Lula e o presidente Jair Bolsonaro, que disputam o segundo turno das eleições 2022 , comentaram o caso envolvendo o ex-deputado .

O petista disse que os xingamentos "não podem ser aceitos por ninguém que respeita a democracia" e o candidato do PL, afirmou já ter determinado a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro "para acompanhar o andamento deste lamentável episódio".

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