Kelmon Luis de Souza, que se denomina Padre Kelmon, candidato à presidência pelo PTB
Reprodução / TV Globo - 29.09.2022
Kelmon Luis de Souza, que se denomina Padre Kelmon, candidato à presidência pelo PTB

Participante dos dois últimos debates entre os candidatos à Presidência da República,  Kelmon Luis de Souza, que se denomina Padre Kelmon (PTB) , tornou-se um dos nomes mais buscados na internet após o encontro de presidenciáveis nessa quinta-feira (29) .

Kelmon foi alçado à cabeça do da chapa do PTB após a candidatura do ex-deputado condenado por corrupção Roberto Jefferson (PTB) ter sido negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Nos últimos meses, o candidato — que aparece com poucas intenções de voto, segundo  pesquisas eleitorais — tem demonstrado apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e, mesmo sendo oponentes na corrida eleitoral, costumam trocar elogios e concordar em diversos posicionamentos.

Embora se denomine sacerdote, Kelmon não é oficialmente reconhecido pela união das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil.

Veja fatos sobre o candidato:

Já fez poema para Bolsonaro

Sempre que pode, Kelmon demonstra apoio a Bolsonaro, desde 2018. Além de ter participado de atos pró-governo defendendo o presidente e segurando cartazes contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o candidato já até mesmo escreveu um poema para o mandatário.

Em março deste ano, ele publicou nas redes sociais um texto que fez em homenagem a Bolsonaro, no dia do aniversário dele.

"Brasil, pátria amada querida. Orgulho da minha vida. Luto pela verdade. Semeio prosperidade... Onde haja miséria e fome. Não posso fingir, negar. A todos vou ajudar... Ricos, pobres, negros, índios e brancos", diz um dos trechos.

Acusado de ocupação irregular

Em 2020, moradores da comunidade quilombola de Bananeiras, na Ilha de Maré, em Salvador, acusaram Kelmon de ocupar irregularmente a região do manguezal Ponta do Capim — área de preservação permanente — construindo uma capela improvisada.

O caso chegou até mesmo a ser denunciado junto à Defensoria Pública da Bahia, com moradores alegando também ameaças por parte do candidato. Kelmon, por outro lado, disse ter sido vítima de "intolerância religiosa" e "cristofobia".

Nunca foi sacerdote

Embora ele se diga ortodoxo e use batina, nunca foi  sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil. Mesmo assim, na Bahia, Kelmon celebra missas e batismos e ganhou destaque dentro de grupos conservadores por seu discurso contra a esquerda.

O candidato não atua em nenhuma  igreja ortodoxa do país, mas fundou e coordena o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano, e esteve à frente do Movimento Cristão Conservador do PTB.

Já foi filiado ao PT

Kelmon já foi filiado ao Partido dos Trabalhadores de 2022 a 2009 e, em 2010, o baiano se envolveu em um escândalo por apoiar a campanha presidencial de José Serra (PSDB). Na ocasião, dois milhões de panfletos com fake news sobre a então candidata Dilma Rousseff ( PT ) foram apreendidos pela Polícia Federal em uma gráfica ligada à campanha tucana.

Sócio e presidente de organização religiosa

Kelmon também é presidente e sócio da Associação Theotokos ("Mãe de Deus", em grego), que se denomina uma "organização religiosa ou filosófica". O endereço registrado, no entanto, corresponde a um supermercado na Zona Sul de São Paulo.

Gastou 97% da verba com empresa

Kelmon gastou R$ 1,2 milhão — 97% do dinheiro público que obteve para campanha — com uma empresa de um aliado do ex-deputado, a B2C Marketing, de acordo com o jornal O Globo . A companhia não funciona no endereço que declara à Receita Federal, não tem um site e, até agora, só prestou serviço para mais dois candidatos do próprio partido.

— Com informações de Agência O Globo

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