Presidente Jair Bolsonaro discursa na Assembleia Geral da ONU
Reprodução / ONU - 20.09.2022
Presidente Jair Bolsonaro discursa na Assembleia Geral da ONU

O candidato ao Planalto pelo PDT, Ciro Gomes , entrou com uma ação do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) pedido que a Corte proíba o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar o discurso feito na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (20)  na campanha dele à reeleição . O ex-ministro afirmou que Bolsonaro utilizou, mais uma vez, um evento oficial como palanque eleitoral .

O mandatário foi responsável por fazer a abertura da rodada de discursos de líderes de todo o mundo na manhã de hoje . Na fala, Bolsonaro defendeu o agronegócio, fez ataques ao  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — seu principal adversário na corrida à Presidência da República — e focou em temas para atrair o eleitorado em que aparece com mais rejeição nas pesquisas de intenção de voto , como no público feminino.

A campanha de Ciro Gomes  escreveu, na ação enviada ao TSE, que o presidente "aproveitou-se do momento para introjetar no seu discurso as pautas de campanha que veicula no âmbito da sua propaganda eleitoral", citando como exemplo a menção ao pagamento do Auxílio Brasil.

"O pronunciamento do Senhor Jair Messias Bolsonaro fez alusão a um 'Brasil do passado', em ordem a demonstrar que o seu governo foi um 'divisor de águas', o que revela a potencialidade de ocorrência de abuso de poder político, especificamente quando se adentra nos meandros de temas atinentes à campanha eleitoral", diz o texto.

Na ação, a campanha do candidato mencionou que Bolsonaro citou os atos de 7 de Setembro, na comemoração do Bicentenário da Independência , cujas imagens já foram barradas pelo TSE para uso em campanha eleitoral . De acordo com o texto, o discurso mostra que o chefe do Executivo "inevitavelmente" planeja usar a fala para sua propaganda eleitoral.

"Tais fatos permitem aportar à conclusão de que o Senhor Jair Messias Bolsonaro utiliza-se de toda estrutura da Administração Pública para promover sua campanha eleitoral e, com isso, desequilibrar a normalidade e a legitimidade do pleito, bem como compromete a igualdade de oportunidades dos demais candidatos ao cargo de Presidente da República."

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