O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) voltou a fazer duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , durante sabatina no 'Programa do Ratinho', no ' SBT ', nesta segunda-feira (19). Na entrevista, Ciro disse que "até os termos de esquerda foram roubados" pelo Partido dos Trabalhadores .
Ao ser questinado se era de direita ou esquerda , Ciro afirmou: "Se você deixar, [o PT] bate até a sua carteira".
Após a declaração, o presidenciável se declarou ser de centro-esquerda. O pedetista também afirmou que Lula "está prometendo picanha e cerveja para o povo e está mentindo".
Em outra declaração, Ciro Gomes disse que é candidato ao Planalto por entender ser uma necessidade: "Eu não sou candidato porque é fácil. Eu sou candidato porque é necessário mudar. Lamento por ser o único com propostas concretas para tirar o Brasil dessa crise".
POLARIZAÇÃO
Terceiro colocado nas pesquisas, o ex-ministro também criticou a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e culpou o petista pela situação atual do país, além de criticar um possível retorno de Lula ao Planalto.
"O povo brasileiro , indignado com o mais devastador escândalo de corrupção e com a mais grave crise econômica da nossa história, elegeu Bolsonaro. Será que é razoável agora, decepcionado com Bolsonaro, votar no Lula, um dos maiores responsáveis por essa tragédia? Precisamos desarmar essa bomba!."
PROPOSTAS
Se eleito, o pedetista prometeu taxar em 0,5% fortunas de quem tem patrimônio superior a R$ 20 milhões. Afirmou, ainda, que precisa de R$ 80 bilhões para garantir o programa de renda mínima de R$ 1.000 por família e que esse recurso viria desse percentual cobrado dos mais ricos.
"O empresário tem que ser estimulado para investir. Quero deslocar o imposto para a pessoa física", defendeu.
O ex-ministro também apontou um novo acordo entre União, Estados e municípios, com a repactuação de dívidas. Segundo ele, isso garantiria a aprovação de reformas no Congresso nos primeiros meses de mandato.
"Vou trocar o ‘toma lá, dá cá’ por um novo acordo com os governadores e prefeitos. […] Eu só quero que passe a bola para mim que eu resolvo em seis meses", prometeu.
Ciro Gomes disse que o plebiscito seria feito "se persistir impasse" no Congresso. O pedetista também afirmou que uma das concentrações do mandato seria em questões envolvendo a segurança pública.
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