O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL)
afirmou que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
, em depoimento
nesta quinta-feira, 20, mentiu pelo menos 14 vezes.
Calheiros apresentou uma papelada, com uma amostra preliminar de checagem de informações falsas e solicitou, mais uma vez, que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), contrate uma empresa especializada na checagem de informações, para avaliar tudo o que Pazuello
vem falando em depoimento nesta quinta e na última quarta-feira, 19.
"Desde ontem nós tivemos um espetáculo aqui nunca visto. Em função da necessidade, diante do depoimento cheio de contradições e omissões do ex-ministro da Saúde, é fundamental essa Comissão Parlamentar de Inquérito contratar um serviço para fazer uma procura on-line da verdade, uma varredura das mentiras ou das verdades que estão sendo pronunciadas aqui", solicitou Calheiros.
Em seguida, mostrou uma papelada: "Para que vossa excelência tenha uma ideia, nós já tivemos uma primeira amostragem dessas contradições, inverdades e omissões. O depoente em 14 oportunidades mentiu flagrantemente. Ousou negar suas próprias declarações. Só se é uma nova cepa o que nós estamos vendo aqui: a negação do negacionismo", afirmou.
"Negar tudo o que a sociedade conhece, acompanha e se indigna não dá. É tripudiar da investigação dessa CPI, é imaginar que palavras são jogadas ao vento em qualquer circunstância e em qualquer lugar. Precisamos que se respeite essa CPI", completou Calheiros.
Antes de Calheiros se pronunciar sobre as mentiras ditos por Pazuello, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) solicitou que o depoimento do ex-ministro da Saúde fosse encaminhado para investigação criminal do Ministério Público Federal
, sob o argumento de que o código penal brasileiro determina, no artigo 342, que é crime uma testemunha [caso de Pazuello na CPI] não falar a verdade.
Antes de dar início ao seu depoimento, na última quarta-feira, 19, Pazuello prometeu ao presidente da CPI que falaria a verdade na comissão.