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Grupo perdoou crítica do ex-juiz em mensagens e organizou manifestações para o decorrer deste domingo em cidades de todos os 26 estados e no DF

manifestante sergio moro
Reprodução
Manifestação de apoio ao juiz Sergio Moro e à Lava Jato está agendada para cidades de todos os 26 estados e o DF

O Movimento Brasil Livre (MBL) organizou para este domingo (30) uma  série de atos em apoio à Operação Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Há manifestações agendadas para ocorrer em cidades de todos os 26 estados e no Distrito Federal. Em São Paulo, maior cidade do País, o ato está marcado para as 14h, em frente ao Masp.

Esta é a primeira rodada de manifestações de apoiadores do governo de Jair Bolsonaro (PSL) desde a divulgação de conversas sensíveis a Moro e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato . As mensagens que sugerem suposta interferência do ex-juiz de Curitiba nos trabalhos do Ministério Público Federal (MPF) passaram a ser publicadas pelo site The Intercept Brasil no dia 9 deste mês.

Em um dos diálogos revelados, em reportagem publicada no último domingo (23) pelo jornal Folha de S.PauloMoro chegou a mencionar o MBL ao reclamar da ação de "alguns tontos do movimento" que promoveram, em 2016, protesto em frente à casa do até então relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.

A assessoria do ministro minimizou o conteúdo dessa conversa, não reconhecendo sua autenticidade e assegurando que Moro "sempre respeitou" o MBL , classificado por ele como um "movimento político que teve papel cívico importante no apoio ao combate à corrupção".

Desculpas de Moro foram aceitas

Sergio Moro
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 19.6.19
Ministro Sergio Moro foi à CCJ do Senado explicar mensagens vazadas da Lava Jato

As  desculpas foram aceitas pelas lideranças do grupo – assim como prova a manutenção dos atos que já estavam agendados para este domingo. Horas após a divulgação daquelas conversas, o perfil oficial do MBL nas redes sociais publicou que a reportagem "não aponta nada de mais".

"Os inimigos da Lava Jato vão passar mais um dia sem nada relevante e seus bandidos de estimação continuarão na cadeia. As mensagens de hoje são até piores para eles: Mostram que o MBL sempre atuou de forma independente dos juízes e procuradores envolvidos na Lava Jato", escreveu o grupo.

O coordenador nacional do MBL, Renato Battista, destacou que a mensagem de Moro indica que o ex-juiz apenas "discordou de um ato específico do MBL ", acrescentando ainda que Moro "veio a público reiterar seu apoio e respeito ao movimento". "Qualquer coisa além disso é tentativa de jogar o MBL contra a Lava Jato. Não conseguirão", disse Battista.

O posicionamento foi endossado por outras lideranças do movimento, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador Fernando Holiday (DEM).

"O MBL segue firme contra a impunidade no país e em defesa da Operação Lava Jato. As supostas mensagens só reforçam a nossa independência e reconhecem a importância do MBL na luta contra a corrupção", escreveu o vereador.

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Kim ressaltou que a mensagem sobre os " tontos do MBL" vêm à tona a poucos dias de manifestação organizada pelo grupo para este domingo. "A tentativa de jogar MBL contra Moro nas vésperas das manifestações do dia 30 mostra com muita clareza que esses vazamentos ilegais não têm o objetivo de apontar irregularidades na Lava Jato. Trata-se de um ataque desesperado de uma esquerda radical, criminosa e moribunda", disse.

Os atos deste domingo ocorrem na véspera de audiência de Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara , onde o ministro, mais uma vez, tentará explicar as mensagens trocadas com integrantes da força-tarefa de Curitiba. No Senado, Moro não confirmou a autenticidade das conversas e admitiu a possibilidade de deixar o cargo.