Lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) recorreram às redes sociais neste domingo (23) para reafirmar o apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e minimizar as críticas do ex-juiz da Operação Lava Jato a militantes da organização
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Em mensagens privadas divulgadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo , em parceria com o site The Intercept Brasil , Moro reclamou ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, de um protesto promovido por "alguns tontos daquele Movimento Brasil Livre" em frente à casa do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, em 2016.
O coordenador nacional do MBL, Renato Battista, destacou que a mensagem de Moro indica que o ex-juiz apenas "discordou de um ato específico do MBL ", acrescentando ainda que Moro "veio a público reiterar seu apoio e respeito ao movimento" (o ministro disse, à reportagem da Folha, que "sempre respeitou" o MBL). "Qualquer coisa além disso é tentativa de jogar o MBL contra a Lava Jato. Não conseguirão", disse Battista.
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O perfil oficial do MBL nas redes sociais publicou, no início desta tarde, uma série de mensagens afirmando que o conteúdo publicado pelo jornal paulista "não aponta nada de mais".
"Os inimigos da Lava Jato vão passar mais um dia sem nada relevante e seus bandidos de estimação continuarão na cadeia. As mensagens de hoje são até piores para eles: Mostram que o MBL sempre atuou de forma independente dos juízes e procuradores envolvidos na Lava Jato", escreveu o grupo.
O posicionamento foi endossado por outras lideranças do movimento, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador Fernando Holiday (DEM).
"O MBL segue firme contra a impunidade no país e em defesa da Operação Lava Jato. As supostas mensagens só reforçam a nossa independência e reconhecem a importância do MBL na luta contra a corrupção", escreveu o vereador.
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Kim ressaltou que a mensagem sobre os " tontos do MBL " vêm à tona a poucos dias de manifestação organizada pelo grupo, agendada para o próximo domingo (30). "A tentativa de jogar MBL contra Moro nas vésperas das manifestações do dia 30 mostra com muita clareza que esses vazamentos ilegais não têm o objetivo de apontar irregularidades na Lava Jato. Trata-se de um ataque desesperado de uma esquerda radical, criminosa e moribunda", disse.