Um hóspede morreu a bordo de um navio da companhia no ano passado
Reprodução/New York Times
Um hóspede morreu a bordo de um navio da companhia no ano passado

A família de um hóspede da Royal Caribbean International que morreu a bordo de um navio da companhia no ano passado entrou com uma ação judicial contra a empresa.

Michael Virgil, de 35 anos, morreu no Navigator of the Seas durante um cruzeiro entre Los Angeles, nos Estados Unidos, e o México, em dezembro de 2024.  Ele viajava com a noiva, Connie Aguilar, o filho e outros familiares. As informações são do USA Today.

A ação foi apresentada no Distrito Sul da Flórida em nome do espólio de Virgil, que acusa a companhia de negligência.

Consumo excessivo de álcool

De acordo com a denúncia, Michael Virgil foi servido com pelo menos 33 bebidas alcoólicas no dia de sua morte. Após consumir as bebidas, ele teria se perdido ao tentar retornar para sua cabine.

A família afirma que a empresa falhou ao não monitorar o consumo excessivo de bebidas por parte do passageiro.

Michael morreu a bordo de um cruzeiro
Reprodução/ Redes Sociais
Michael morreu a bordo de um cruzeiro

Segundo o processo, ao apresentar comportamento agitado, Virgil foi abordado por seguranças e outros tripulantes. Ele foi derrubado no chão e imobilizado  até que parasse de se mover.

Relatos apontam que ele teria atacado dois membros da tripulação. Durante a ocorrência, a tripulação utilizou spray de pimenta e aplicou haloperidol, uma medicação usada para controlar surtos de agitação e comportamento agressivo, como sedativo.

Laudo aponta homicídio

O laudo do Instituto Médico Legal do Condado de Los Angeles classificou a morte como homicídio. A causa foi atribuída aos “efeitos combinados de asfixia mecânica, obesidade, cardiomegalia e intoxicação por álcool”.

Responsabilização da empresa

A ação acusa a Royal Caribbean de “quebrar seu dever de cuidado razoável” ao permitir o consumo excessivo de álcool e ao contratar funcionários sem qualificação adequada para lidar com situações de crise.

Em entrevista ao USA Today, o advogado da família, Kevin Haynes, do escritório Kherkher Garcia LLP, afirmou que “a família de Michael sofreu uma dor inimaginável causada pela Royal Caribbean, uma mega companhia que prioriza o lucro em detrimento da segurança dos passageiros”.

Posicionamento da Royal Caribbean

Em nota enviada ao USA Today, a Royal Caribbean Group, empresa controladora da companhia, informou: “Ficamos entristecidos com o falecimento de um de nossos hóspedes, colaboramos com as autoridades na investigação e não comentaremos mais sobre litígios em andamento”.

O processo pede julgamento com júri e indenização.

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