Armas foram encontradas por Israel em pontos estratégicos da fronteira com o Líbano
Reprodução/IDF
Armas foram encontradas por Israel em pontos estratégicos da fronteira com o Líbano


As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), afirmaram nesta terça-feira (1º) que suas forças especiais entraram em dezenas de complexos do Hezbollah localizados ao longo da fronteira entre o Líbano e  Israel .

De acordo com o comunicado feito pelo porta-voz da IDF , o contra-almirante Daniel Hagari , foram desmanteladas armas e infraestruturas do grupo extremista. “Nossos soldados entraram na infraestrutura subterrânea do Hezbollah ; expuseram os esconderijos do grupo, apreenderam e destruíram as armas, incluindo algumas avançadas de fabricação iraniana. Ao todo, os soldados da IDF destruíram mais de 700 ativos terroristas do Hezbollah durante essas operações”, afirmou.

Segundo ele, o objetivo das operações é destruir a infraestrutura e as capacidades do Hezbollah na área da fronteira Israel- Líbano , “como parte de nossos esforços para garantir que os moradores do norte de Israel possam retornar para suas casas em segurança e proteção, sem a ameaça do Hezbollah em sua porta”.

O representante do exército afirma que o Hezbollah tem planejado fazer no norte de Israel o que o Hamas fez no sul do país em 7 de outubro : “invadir Israel, infiltrar comunidades civis e massacrar civis inocentes”.

Operações especiais

O porta-voz relatou como foram realizadas três das operações especiais. Em uma vila libanesa perto da fronteira com Israel, chamada de Meiss El Jabal , a centenas de metros da cidade israelense de Kiryat Shmona , foram encontrados “centenas de alvos terroristas encravados”, que “ameaçam diretamente a cidade de Kiryat Shmona e a região norte mais ampla”.

Túnel encontrado pela IDF em vila perto da fronteira de Israel
Reprodução/IDF
Túnel encontrado pela IDF em vila perto da fronteira de Israel


Hagari contou que em parte da operação foram coletadas informações sobre uma casa, na orla da vila libanesa, perto da fronteira com Israel, que foi usada por membros do Hezbollah para cavar uma infraestrutura subterrânea abaixo dela. “Esta infraestrutura de combate foi usada pelos terroristas para armazenar armas e foi planejada para ser a área de preparação para terroristas do Hezbollah antes de tentar invadir o território israelense”, afirmou o contra-almirante.

Segundo ele, foram encontradas grandes quantidades de armas armazenadas e um túnel de 150 metros de comprimento escavado em pedra, que não cruzava o território israelense.

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Outro exemplo citado foi da vila libanesa de Kfarkela na fronteira, a centenas de metros da cidade israelense de Metula . “Realizamos centenas de ataques e operações contra a infraestrutura terrorista do Hezbollah em Kfarkela para remover essas ameaças às famílias israelenses que querem voltar para casa”, contou Daniel Hagari.

Em uma casa, soldados da IDF encontraram um quarto de crianças com um túnel subterrâneo de 100 metros de comprimento. As tropas teriam escaneado o túnel e descoberto armas armazenadas em barris. Segundo o comunicado, “em um dos quartos, eles expuseram uma instalação de armazenamento de armas destinada a ser usada pelo Hezbollah no dia da invasão planejada. No final da operação, a casa, o túnel e o arsenal de armas foram desmantelados em ataques terrestres e aéreos”.

Armas encontradas em casa de uma vila Libanesa
Reprodução/IDF
Armas encontradas em casa de uma vila Libanesa


O terceiro exemplo citado foi uma operação contra a infraestrutura do Hezbollah na área de Nurit , que fica entre a fronteira de Israel e a vila libanesa de Ayt Al Shaab . “Usando meios tecnológicos, identificamos um complexo de combate do Hezbollah e uma área de preparação subterrânea construída perto da vila. O complexo incluía um sistema de trincheiras de combate, acima e abaixo do solo”, relatou o porta-voz.

A rede de trincheiras se conectaria a um túnel subterrâneo que incluía uma instalação de armazenamento de armas e um centro de comando e controle, além de espaços de preparação e moradia para membros do Hezbollah.

Os soldados israelenses escanearam e encontraram um ponto de acesso a uma rota de túnel que desce abaixo do solo, na direção da vila libanesa. Hagari disse que “os soldados foram fundo no túnel, onde encontraram um grande número de armas armazenadas nos complexos de moradia. No final da operação, toda a infraestrutura construída pelo Hezbollah ao longo de muitos anos foi desmantelada em atividade terrestre e aérea conjunta”. 

Outras operações

O porta-voz israelense contou que esse é um pequeno número de dezenas de operações que pretendem ainda revelar, “incluindo a destruição dos ativos e capacidades estratégicas do Hezbollah”. 


Israel alertou que o Hezbollah vai arcar com as consequências de seus ataques contra Israel. No entanto, "o Hezbollah continuou sua agressão, continuou a expandir seu alcance de fogo contra civis israelenses e continuou a arrastar o povo do Líbano para uma escalada mais ampla”, afirmou Hagari.

Em tom de aviso, o porta-voz mandou uma mensagem para outros países do mundo que acompanham a escalada de tensões no Oriente Médio: “Nossa guerra não é com o povo do Líbano, é com o Hezbollah. Esta é uma mensagem clara para a comunidade internacional: por anos, Israel alertou o mundo de que o Hezbollah está violando o direito internacional e a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe a presença de militantes armados e armas no sul do Líbano. Esta foi uma resolução com a qual a comunidade internacional concordou e o Líbano e a UNIFIL falharam em aplicar”.

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** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.

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