Documentos divulgados pelo FBI nesta semana mostram que a rainha Elizabeth II sofreu uma potencial ameaça de morte enquanto viajava aos Estados Unidos em 1983. A polícia federal norte-americana tornou públicos os arquivos relacionadas à viagem após a morte da monarca, em setembro do ano passado.
Segundo os dados, o FBI ajudou a garantir a segurança de Elizabeth II e estava preocupado com as ameaças do Exército Republicano Irlandês (IRA).
A ameaça, conforme os arquivos, foi relatada a um policial em San Francisco, na Califórnia. Ele frequentava um pub irlandês na cidade e alertou os agentes sobre o telefonema de um homem que conheceu no local.
De acordo com ele, o homem havia dito que queria vingança pela morte da filha, que "havia sido morta na Irlanda do Norte por uma bala de borracha".
A ameaça de assassinato foi registrada em 4 de fevereiro de 1983, cerca de um mês antes da visita da rainha e seu marido, príncipe Philip , ao estado norte-americano.
"Ele ia tentar ferir a rainha Elizabeth e faria isso jogando algum objeto da ponte Golden Gate no iate real Britannia quando a embarcação passasse por baixo da mesma, ou tentaria matar a rainha Elizabeth quando ela visitasse o Parque Nacional de Yosemite", afirma o documento, segundo a BBC News .
Após tomar conhecimento da ameaça, o serviço secreto planejou "fechar as vias de pedestre da ponte Golden Gate quando o iate se aproximar". As medidas tomadas em Yosemite não foram detalhadas, mas ela chegou a visitar o local.
O FBI também não divulgou informações sobre prisões.
No documento de 102 páginas, divulgado na última segunda-feira (22), o FBI afirma ter permanecido vigilante ao que considerava potenciais ameaças à rainha, principalmente relacionadas ao IRA, devido a conflitos que aconteciam na época e deixaram milhares de mortos.
No texto, os agentes escreveram que "Boston e Nova York devem permanecer em alerta para quaisquer ameaças contra a rainha Elizabeth 2ª por parte dos membros do IRA e repassar as mesmas imediatamente para Louisville", em Kentucky.
À BBC , a polícia federal norte-americana disse que pode haver mais registros, mas ainda não há data prevista para publicação.
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