A defesa do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , liberou nesta sexta-feira (12) a publicidade das informações sobre a operação realizada contra o republicano em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, pelo Departamento de Justiça e pelo FBI no último dia 8.
Os advogados tinham até a tarde desta sexta para se manifestar sobre o pedido da justiça, se poderia ou não ser divulgado o que motivou ação, além detalhes do caso.
Quase ao mesmo tempo em que a defesa autorizava a divulgação, o portal especializado "Politico" divulgou que teve ao pedido de busca e apreensão contra a residência do magnata e que, na justificativa do FBI, havia uma "potencial violação do Ato de Espionagem", a obstrução de justiça e a "remoção ou destruição de registros".
Conforme o site, que segue caminho semelhante ao que foi publicado horas antes pelo jornal "The Washington Post", alguns dos documentos apreendidos na residência estavam marcados com as iniciais "TS/SCI", o que indica o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano. Também haviam informações confidenciais do presidente da França, Emmanuel Macron.
Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação. Foram quatro caixas de documentos "top secret", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.
O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".
Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.
"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.
Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.
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