Se mantida como está, suspensão vai acabar duas semanas antes do prazo final da saída do Reino Unido da UE
Public Domain Pictures
Se mantida como está, suspensão vai acabar duas semanas antes do prazo final da saída do Reino Unido da UE

A Suprema Corte do Reino Unido começou nesta terça-feira (17) o julgamento de uma ação contra a suspensão do Parlamento pelo primeiro-ministro Boris Johnson. As atividades legislativas estão em recesso forçado até 14 de outubro, em uma medida do governo conservador para inviabilizar a aprovação de leis que impeçam um Brexit sem acordo no dia 31 do mês que vem.

Leia também: Bolsonaro suspende encontro com Boris Johnson e outros seis líderes na ONU

A data do veredito final sobre a suspensão do Parlamento ainda não foi anunciada, mas o calendário da Suprema Corte prevê pelo menos três dias de audiências. O caso é acompanhado de perto pela população e seguido por grupos de manifestantes contrapostos nas ruas de Londres.

O julgamento reúne 11 dos 12 juízes supremos, o colégio mais amplo possível. O tribunal deve conciliar duas decisões opostas: uma da Alta Corte de Londres em favor do governo e outra da Alta Corte da Escócia contra a suspensão, acusando Boris Johnson de abuso de poder e de ter mentido à rainha Elizabeth II para obter o fechamento do Parlamento.

Leia também: Israelenses vão às urnas em segunda eleição do ano no país

Se a decisão final for pela reabertura do poder Legislativo, os deputados serão convocados a reassumir suas funções, mas o prazo para isso ainda é incerto. "Trata-se de uma questão legal complexa e séria, como já demonstraram as diversas conclusões obtidas", disse a presidente da Suprema Corte, Brenda Hale.

"É importante evidenciar que as questões políticas de fundo não nos dizem respeito e que o objetivo não é determinar quando ou como o Reino Unido deva sair da União Europeia", acrescentou, referindo-se ao Brexit .

Enquanto não se resolve a suspensão do Parlamento , Johnson diz que busca renegociar o acordo com a UE, mas Bruxelas afirma que ainda não recebeu nenhuma nova proposta do Reino Unido.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!