Ministro da Educação, Camilo Santana
Valter Campanato/Agência Brasil - 07/07/2023
Ministro da Educação, Camilo Santana

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), descartou categoricamente nesta segunda (6) a possibilidade de cancelar o  Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após o  vazamento de imagens da prova. "De forma alguma", declarou o ministro.

Camilo Santana participou de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde também estiveram presentes a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, e o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.

O encontro tinha como objetivo principal discutir o programa de renegociação das dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No entanto, durante a reunião, Camilo informou ao presidente Lula um balanço da situação do Enem.

O ministro destacou que as 15 prisões ocorridas no domingo (5), relacionadas ao Enem, foram consideradas "ocorrências pontuais" e não representam uma ameaça generalizada à integridade do Exame. Santana acrescentou que a Polícia Federal (PF) conduziu duas diligências para investigar a divulgação das imagens da prova, uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal.

O que aconteceu?

Nesse domingo (5), o  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) pediu para a PF investigar a divulgação de uma foto, nas redes sociais, que continha o tema da redação do Enem 2023.

A imagem mostrava não apenas o tema da redação,  "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil", mas também os textos de apoio que acompanhavam a prova.

"A PF já está investigando os fatos, inclusive fizeram duas diligências, uma em Pernambuco, onde um proprietário de um conteúdo digital divulgou a imagem, e outra no Distrito Federal. A polícia está engajada para fazer a investigação e poderá fazer outras diligências nas próximas horas para a gente identificar essa divulgação", disse Camilo Santana.

O presidente do Inep, Manuel Palacios, disse que não há a possibilidade de servidores públicos do instituto estarem envolvidos no caso: "Não há a menor dúvida de que essas imagens passaram a circular depois de o fechamento das provas".

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