Nesta quarta-feira (12), o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a "preocupação" com o Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) e as "distorções" na implementação do Novo Ensino Médio levaram à suspensão do cronograma do novo modelo.
O Ministério da Educação também barrou mudanças previstas para a edição do Enem em 2024.
"Nós suspendemos o calendário de implantação [do Novo Ensino Médio] porque estou muito preocupado como o Enem, porque nós estamos tendo distorções. A aplicação do Novo Ensino Médio tem diferença entre os Estados. Estados mais avançados, Estados que não conseguiram [implementar o modelo]. Portanto, há uma preocupação enorme em relação ao Enem", disse ele em reunião da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
O ministro também defendeu o amplo debate da reforma do Ensino Médio para "identificar pontos de gargalos e ouvir professores e alunos".
“Não se muda o Ensino Médio apenas com decreto e por lei, se muda com diálogo, construção, porque quem executa a política do Ensino Médio não é o MEC, são os Estados brasileiros. Os 27 Estados que executam. Eles que são responsáveis pela implementação dessa política”, afirmou.
Na última quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou revogar o Novo Ensino Médio , dizendo que o governo deve discutir o modelo com entidades ligadas à educação para elaborar uma nova proposta "que deixe todas as pessoas satisfeitas".
Hoje, Camilo Santana também citou que o governo quer retomar as obras que estão paralisadas no país, como de creches e escolas, direcionando recursos por meio de medida provisória.
"O presidente vai lançar uma MP para permitir que todas as obras e contratos inacabados ou paralisados possam ser retomadas por municípios e Estados brasileiros, corrigindo os valores das obras", afirmou.
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