Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Joédson Alves/Agência Brasil - 30/03/2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (6) que o governo federal não irá revogar o Novo Ensino Médio . Segundo o mandatário, o governo suspendeu o cronograma para discutir com entidades como aperfeiçoá-lo.

“Não vamos revogar. Suspendemos e vamos discutir com todas as entidades interessadas em discutir como aperfeiçoar o ensino médio nesse país”, disse Lula durante café da manhã com jornalistas nesta quinta.

Na última terça-feira (4), o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), assinou uma portaria de suspensão do Novo Ensino Médio . Em entrevista a jornalistas, ele explicou que um dos motivos seria o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

"Principalmente, por uma questão por causa do Enem. Porque o Novo Ensino Médio previa que em 2024 nós tivéssemos um novo Enem. Como há ainda esse novo processo de discussão, nós vamos suspender essa portaria para que, a partir dessa finalização dessa discussão, a gente possa tomar as decisões em relação ao Ensino Médio", afirmou Santana.

Na opinião do chefe do MEC , não existiu nenhuma discussão profunda sobre a implementação do Novo Ensino Médio. Ele ainda acusou o governo do  ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter sido “omisso” em relação ao assunto.

Segundo o presidente, o ministro da Educação está cumprindo uma decisão tomada por uma comissão de transição de governo, que analisou a área de educação em novembro e dezembro de 2022. 

“Nós vamos suspender por um período, até fazer um acordo que deixe todas as pessoas satisfeitas com o ensino médio nesse país”, completou Lula.

Novo Ensino Médio

A reforma do ensino médio foi elaborada e aprovada pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP), em 2017, e começou a funcionar no começo do ano passado, porque houve atraso durante a pandemia da Covid-19.

O novo método educacional tem como objetivo aumentar gradualmente o tempo do estudante na escola e fazer mudanças curriculares. Uma dessas alterações é a separação entre disciplinas obrigatórias e “flexíveis”. Especialistas e movimentos estudantis sempre foram contra essas medidas.

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