A atividade do advogado, especialmente aquele que atua na área criminal, é por vezes um caminhar no fio da navalha. Defende o criminoso, mas não o crime, eis a máxima neste setor. Mas por vezes esse distanciamento pode não sair dentro do ideal.
Em mais um capítulo nesta tipo de situação, vemos a advogada da influenciadora Deolane Bezerra, a ex-BBB Adélia Soares, ser indiciada pela Polícia Civil do DF por falsidade ideológica e associação criminosa. Aliás, as acusações são bem similares às de Deolane, também advogada, e supostamente envolvida com lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A investigação policial revela que Adélia se associou a chineses para criar empresas de fachada, possibilitando a exploração ilegal de jogos de azar no Brasil. A polícia não soube dizer se a investigação tem ligação com a influencer presa em Pernambuco.
Muito embora Adélia negue tudo, as evidências até agora colhidas são substanciosas e contundentes. Ela se defende alegando que seu nome foi utilizado por terceiros, mas a polícia descobriu que Adélia criou a empresa Playflow — com sede nas Ilhas Virgens Inglesas — usando documentação falsa na junta comercial de Suzano.
Além disso, a polícia descobriu que instituições de pagamento estavam utilizando CPFs de pessoas falecidas para realizar operações de câmbio fraudulentas, desviando o dinheiro das apostas para o exterior.
A investigação teve início após um colaborador terceirizado ser vítima de um golpe e transferir cerca de R$ 1,8 mil para uma conta de apostas do “Jogo do Tigrinho”.
Deolane precisará avaliar se convém seguir com a mesma advogada em sua defesa, afinal, Adélia tem agora muitos problemas para equacionar também no campo criminal, exato ok sua cliente.
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