Dois dias após a tempestade de sexta-feira (11) na Grande São Paulo , que afetou a rede elétrica e deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia, mais 1,35 milhão ainda estavam no escuro na manhã deste domingo (13). A Enel , distribuidora que atende a região, diz que a demora se deve à necessidade de "reconstruir trechos inteiros da rede".
Após o Procon do estado de SP ter anunciado que iria notificar a empresa para obter mais informações sobre os esforços de retomada da energia , a companhia deu alguns detalhes sobre a operação na região afetada.
Segundo comunicado distribuído na noite de sábado (12), a empresa trabalha "dia e noite para reconectar as linhas afetadas” e diz que acionou “imediatamente” seu plano emergencial quando detectou que muitos pontos de ligação de energia haviam sido afetados pela tempestade.
Tempestade histórica
A capital paulista registrou ventos de até 107 km/h na zona sul da capital na sexta-feira, o maior índice desde 1995 . O temporal derrubou muitas árvores e postes, causando interrupção no fornecimento de energia para muitas casas em toda a região.
Fora da capital, os municípios mais afetados são: Taboão da Serra, com 91 mil unidades sem luz, Cotia, com 79,8 mil, São Bernardo do Campo com 70,4 mil e Santo André com 66,6 mil. Para lidar com a situação, a Enel diz que está alocando equipes extras na capital para dar conta do serviço.
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"A companhia está atuando com cerca de 1.600 técnicos em campo e trabalhando para mobilizar no total cerca de 2.500 profissionais", afirmou a concessionária em nota. "Esse contingente está sendo ampliado com a mobilização de equipes adicionais, além da chegada de técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará”.
Os bairros mais afetados, segundo a empresa, foram Santo Amaro, Jardim São Luís, Socorro, Pinheiros, Americanópolis, Vila Andrade, Jardim Vaz de Lima, Alto de Pinheiros, Jardim Martini e Jardim Mariane. A Enel tem 144 estações de transformação e redistribuição em São Paulo, mas não detalhou ainda quais são as mais afetadas pela tempestade.
Prazo indefinido
A operadora disse a clientes que o prazo para normalização era até segunda-feira (14), porém o presidente da companhia, Guilherme Lencastre, afirmou que não há previsão concreta da volta da energia elétrica . Segundo ele, “trata-se de uma falha na programação da resposta automática do canal de atendimento pelo whatsapp, que já foi corrigida".
A Enel tem até segunda-feira à tarde para responder aos pedidos de esclarecimento do Procon, conforme previsto em lei. Sobre a movimentação de efetivo da Enel de um estado para outro, o órgão de defesa do consumidor afirma que quer dados sobre "qual é a estrutura de pessoal de prontidão para atuar em emergências, considerando que os eventos climáticos extremos tinham sido alertados pelos serviços de meteorologia há alguns dias".
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