Debate realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV! e UOL
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Debate realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV! e UOL

O debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo , realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV! e portal UOL teve o segundo bloco com um clima mais ameno em relação à primeira rodada de discussões, marcadas por ataques e xingamentos .

Na nova rodada do debate, cada jornalista cadastrado pôde realizar uma pergunta, em 30 segundos, a apenas um candidato. A ordem dos perguntados foi definida por sorteio na hora, permitindo 1 minuto e 30 segundos para a resposta. Os jornalistas voltaram a fazer perguntas no quarto bloco, que foi marcado por "briga familiar" de Marçal e críticas de Marina aos profissionais da imprensa. Datena defendeu a classe da qual faz parte.

Perguntas de jornalistas no segundo bloco

Ao ser questionada sobre um novo programa de tarifas nos transportes públicos, Marina Helena (Novo) afirmou que defende uma tarifa flexível com o mesmo valor nos horários de pico, e reduzida nos demais horários. “Isso faz com que as pessoas saiam do horário de pico e vão para os outros horários, em que está cheio de ônibus vazio, e assim a gente consegue reduzir o custo total para a sociedade. Eu defendo também dar o título de propriedade para as pessoas que hoje estão na periferia”, argumentou.

José Luiz Datena (PSDB) foi questionado por ter largado a candidatura como vice de Tabata Amaral (PSB) e se lançado candidato após ver as pesquisas. Na resposta,  Datena afirmou: “Eu não me lancei a nada, quem me lançou foi o partido. Eu continuo tendo uma forte amizade com a Tabata, acho uma pessoa brilhante. Não me arrependo de nada que fiz na minha vida. Foi uma honra ter tido o convite da Tabata, foi ela quem me convidou, insistiu para que eu ficasse”. Datena ainda disse que depois ligou para Tabata e explicou a situação.

Um jornalista questionou Guilherme Boulos (PSOL) sobre o arquivamento do processo de rachadinha de André Janones no Conselho de Ética da Câmara ddos Deputados. O candidato psolista se justificou dizendo que foi sorteado para ser relator do processo do Janones. “Existe um critério, que não foi eu que inventei (..). Rachadinha para mim é crime, seja do Janones, seja do Flávio Bolsonaro, seja suspeita de rachadinha em creche aqui em São Paulo, com cheque indo para a conta do atual prefeito. Para mim, isso é crime, e ponto. E se o Janones for condenado, que pague”, frisou Boulos.

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A jornalista do UOL questionou Pablo Marçal (PRTB) sobre as críticas feitas ao Bolsa Família, programa que o candidato defende a extinção. Marçal afirmou que o “desemprego profissional do Bolsa Família” tem 2.890 cidades das 5.568 que existem no Brasil com mais pessoas com o programa do que com CLT. “Eu chamei isso de bolsa miséria porque você, que recebe, sabe que é uma miséria, você nunca vai prosperar. O que eu quero é que você se liberte das garras desses comunistas, porque eles querem emburrecer nosso povo e colocar migalhas nas suas mãos, sendo que somos um povo rico, com trilhões em recursos”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a negligência de acesso ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que seu governo está fazendo vários cadastros para o CadÚnico. “ Inclusive nós criamos mutirões aos domingos, porque no domingo nós temos a tarifa zero, que as pessoas podem usar o transporte público coletivo para ir até um dos ‘descomplicas’”, pontuou.

Tabata Amaral (PSB) foi perguntada sobre os motivos para que os progressistas votem nela e não em Boulos (PSOL), que lidera a pesquisa como candidato de esquerda. “Eu sou hoje a única candidata que não perde para ninguém no segundo turno. Isso porque as pessoas estão cansadas dessa baixaria, dessa polêmica que só serve para fazer fumaça e esconder os muitos’ BOs’ e esqueletos que cada um tem no seu armário”, pontuou Tabata.

Quarto bloco com novas perguntas de jornalistas

Ao questionado sobre obras em áreas de risco sem licitações, onde 87% foi gasto em contratos com indícios de combinações de preços, Ricardo Nunes (MDB) disse que a ação foi feita pelas empreiteiras, que serão investigadas pela prefeitura e pelo MP. "Da nossa parte, é a entrega de 8.400 obras". O atual prefeito também disse que as obras emergenciais têm uma legislação específica. "O preço é feito pela FIP e acompanhado pelo tribunal de contas", pontuou.

Tabata Amaral (PSB) foi perguntada sobre ter poucos aliados políticos e o reflexo disso nas pesquisas. A candidata afirmou que sua ideia de mundo concilia uma visão social forte com uma visão fiscal de responsabilidade. "Se isso vai me render críticas na Faria Lima e na esquerda sectária, tá tudo bem (..). Eu sou a única que se eleita vai conseguir trabalhar com o governo federal e com o governo Tarcísio", disse.

Guilherme Boulos (PSOL) foi indagado sobre não conseguir liderar pesquisas de votos na periferia, mesmo dedicando a vida adulta a dar acesso à moradia para população. Ele afirmou que a candidatura tem crescido na periferia de São Paulo "porque é a candidatura que coloca os grandes temas que as pessoas precisam. Sou o único candidato aqui que mora na periferia". Boulos finalizou dizendo que quer separar "esses muros que separam centro e periferia".

A repórter da RedeTV! perguntou a Pablo Marçal (PRTB) se ele não se preocupa em perder votos por causa do seu comportamento nos debates. Ela ainda citou entrevista dada pelo tio do candidato, que reclamou sobre os xingamentos proferidos pelo sobrinho. Marçal começou respondendo diretamente ao tio: "Se vire para ganhar a eleição no interior de Goiás. Faz o M aí, já que mandou isso para a repórter". Pablo Marçal também falou que estava lá "apanhando por vocês eleitores", e que vai ganhar no primeiro turno. Segundo ele, caso seja eleito, a população vai ser tratada como cliente. Ainda afirmou que "isso aqui é a Turma do Chaves", referindo-se aos outros candidatos.


Marina Helena (Novo) foi questionada ao criticar Pablo Marçal no último debate, mesmo apoiando sua candidatura. Marina disse que nunca apoiou Marçal, e que nessa eleição "não tem café com leite". A candidata aproveitou o tempo para criticar o nível das perguntas feitas pelos jornalistas. "Para alguns eles dão praticamente um palanque político", comentou.

José Luiz Datena (PSDB) foi perguntado se pretende desativar os radares da cidade, uma crítica feita por ele, e se ele não teme que isso deixe o trânsito mais perigoso. Datena começou sua resposta defendendo a imprensa da qual faz parte: "as perguntas aqui têm sido isentas para todo mundo. Eu defendo a minha classe até a morte". Sobre as multas, afirmou que é "uma roubalheira a céu aberto", e que ele não pretende reduzir os radares, mas sim criar um sistema justo de punição. "A nossa proposição é que a multa seja justa", finalizou.

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