Jovem de 24 anos dirigia Porsche avaliado em R$ 1 milhão quando causou acidente que matou condutor de outro carro
Reprodução/TV Globo
Jovem de 24 anos dirigia Porsche avaliado em R$ 1 milhão quando causou acidente que matou condutor de outro carro

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) confirmaram nesta segunda-feira (8) que os radares na região onde um  Porsche colidiu em alta velocidade com um Renault Sandero, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo, não estavam funcionando no momento do acidente.

De acordo com a CET, os dois radares fixos encontram-se desligados desde 24 de março, em virtude de uma atualização tecnológica que é apontada pela companhia desde fevereiro. Outros pontos da cidade também estão sem radar atualmente.

Os aparelhos ficam a cerca de 500 metros antes do ponto exato do local da batida e poderiam ter captado a velocidade do carro pilotado pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos. Ornaldo da Silva Viana, motorista de aplicativo que dirigia o Sandero, morreu no acidente. 

Entenda o caso

Um homem de 24 anos, que conduzia um Porsche, bateu na traseira de outro carro, um Sandero, e  matou o condutor do veículo na madrugada de 31 de março .

Testemunhas afirmaram que o veículo aparentava estar em velocidade acima do limite para a via, que é de 50 km/h, e que o acidente teria ocorrido quando o motorista do Porsche fez uma ultrapassagem em alta velocidade. 

No dia 1º de abril,  Sastre se apresentou à polícia e teve sua prisão temporária solicitada. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou ao Portal iG que, após prestar depoimento, ele "foi indiciado criminalmente por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente. A autoridade policial representou pela decretação da sua prisão temporária e aguarda a apreciação do Poder Judiciário".

A juíza Fernanda Helena Benevides Dias, no entanto, negou o pedido, sob a alegação de que não atendia a requisitos mínimos.

Em nova solicitação, agora de  prisão preventiva, o delegado do 30° Distrito Policial, Nelson Vinicius Alves, que investiga o caso, argumenta que Fernando Sastre "praticou crime de extrema gravidade ocorrendo a morte e lesão das vítimas, fugindo do local dos fatos e, segundo testemunhas, estaria visivelmente embriagado".

A promotora de Justiça Monique Ratton emitiu parecer favorável ao novo pedido de prisão preventiva e pediu que a Justiça suspenda a habilitação do empresário, além de apreender seu passaporte.

Ratton também solicitou ao juiz que estipule uma fiança de R$ 500 mil para o caso, em virtude da alta capacidade financeira do investigado, sócio de uma construtora na capital paulista.

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