Retirada do veículo da quarta vítima fatal das chuvas no RS, submerso no Rio Dourado
Reprodução/ Corpo de Bombeiros RS
Retirada do veículo da quarta vítima fatal das chuvas no RS, submerso no Rio Dourado



Depois de uma semana de chuvas forte  e uma trégua dos temporais em algumas regiões, nesta segunda-feira (23), o Rio Grande do  Sul contabiliza estragos em 132 municípios, incluindo inundações, deslizamentos de terra, alagamentos, interrupções no fornecimento de energia, danos em casas, estradas e pontes causados pelas chuvas.

Além disso, são 4 mortes confirmadas, uma pessoa desaparecida e outras 6.258 desalojadas.

Os dados são do último boletim divulgado pelo governo do estado, em parceria com a Defesa Civil gaúcha, que aponta redução no número de desalojados e desabrigados nas últimas horas.

Isso porque, em algumas regiões, o nível dos rios voltou a estabilizar.

A Defesa Civil também registrou, até o momento, 733 pessoas e 139 animais resgatados.

No município de Jaguari, um dos mais atingidos, foi decretado estado de calamidade pública. Outros 21 municípios gaúchos tiveram decreto de situação de emergência.

Quatro mortes e 1 desaparecido

Neste domingo (22), o corpo de um homem, de 59 anos, foi localizado dentro de um veículo submerso no  Rio Dourado, na linha Anta, zona rural de Aratiba, Norte do estado.

É a quarta vítima das fortes chuvas que atingem o estado.

A primeira morte aconteceu em  Candelária, na Região dos Vales. Uma mulher de 54 anos morreu após o carro em que ela estava ser arrastado pela correnteza. O corpo foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS) na terça-feira (17).

Ela estaria acompanhada do marido, um homem de 65 anos, que segue desaparecido.

A segunda morte foi registrada na quarta-feira (18), quando a cabeceira de uma ponte cedeu. O carro onde estava um jovem de 21 anos caiu e foi arrastado pela água de um arroio entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis.

Já na quinta-feira (19), um idoso de 72 anos morreu após uma árvore cair sobre o carro em que ele estava em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Nível dos rios

A chuva deixou rios do estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação, conforme o boletim da Defesa Civil.

O Guaíba, em Porto Alegre, entrou nesta segunda-feira (23) no quarto dia com o nível acima da cota de alerta. O patamar estava em 3m23cm na medição feita na Usina do Gasômetro, no período da manhã, o que representa um avanço de cinco centímetros na comparação com a marca de 24 horas antes.

A cota de alerta, de 3m, foi superada na noite de sexta-feira (20). A de inundação no local é de 3m60cm e não deve ser superada, conforme a Defesa Civil estadual.

No Cais Mauá, outro ponto de monitoramento da Capital, o nível está em 2m76cm, quatro centímetros a mais do que na manhã de domingo (22) — a cota de alerta no local é de 2m30cm e a de inundação, 3m.

Entre os rios em cota de inundação estão o Uruguai (São Borja a Uruguaiana), Ibirapuitã (Alegrete) e Ibicuí (Manoel Viana).

Previsão do tempo

A semana será marcada por temperaturas baixas em todo o Rio Grande do Sul.

Uma nova onda de frio poderá fazer os termômetros em todo o estado marcarem mínimas próximas de 0ºC até quarta-feira (25), com temperaturas negativas previstas para alguns municípios. 

De acordo com a Climatempo Meteorologia, uma frente fria deve provocar chuvas, ventos fortes e sensação de frio.


A massa de ar polar que avança sobre o RS também traz risco de geada generalizada, além de uma pequena possibilidade de neve em áreas de maior altitude.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê, por conta da frente fria que atua sobre a Região Sul do país, mais chuvas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul e a faixa sul de São Paulo.

Até a tarde desta terça-feira (24) há um alerta de perigo para ventos costeiros em grande parte do litoral riograndense, inclusive na região metropolitana de Porta Alegre.

Ainda segundo o Inmet, a ocorrência de temporais deve voltar a ser registrada no Rio Grande do Sul e no Paraná, podendo se estender a algumas regiões do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

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