Imagens gravadas por um espectador dentro do estúdio da TV Cultura onde aconteceu o debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo mostram o que aconteceu depois da interrupção da transmissão por conta da agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) .
O debate, realizado neste domingo (15), foi interrompido no quarto bloco por causa do incidente. No vídeo que circula nas redes, é possível ouvir uma troca de xingamentos entre os envolvidos na confusão e ver o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) apartando a situação. Já a candidata Marina Helena (Novo) chega a gritar assustada com o ocorrido. Assista ao vídeo por um novo ângulo:
O que passou na transmissão?
Após Datena atirar uma cadeira no candidato rival, a TV Cultura chamou o intervalo. Na volta da programação, a TV anunciou que Datena havia sido expulso do debate, e que Marçal comunicou que deixaria o evento para procurar atendimento médico.
O incidente aconteceu quando Marçal voltou a provocar Datena sobre uma acusação de assédio sexual , que tinha sido tema do primeiro bloco do programa. Datena chamou Marçal de "bandidinho, ladrãozinho de dados" e afirmou que a acusação "custou muito" para ele e sua família. Marçal então disse que "o Brasil quer saber que horas você vai parar" e chamou o apresentador de "arregão".
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Durante a fala de Marçal, que dizia “você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, você não é homem nem para fazer isso”, o candidato foi atingido pela cadeirada de Datena.
Reações
Após a agressão, a assessoria de imprensa de Marçal afirmou que o candidato foi "brutalmente agredido por Datena e precisou ir às pressas para o hospital" Sírio Libanês. Também afirmou que era "um absurdo o debate continuar" após o ocorrido.
No retorno do debate, o apresentador Leão Serva lamentou pelas "cenas de pugilato" e complementou afirmando que “vivemos um dos momentos mais absurdos da história da TV brasileira".
Depois de ser expulso, em conversa com jornalistas, Datena disse que perdeu a cabeça por se sentir agredido. “Tive que responder por uma coisa que eu não devia, não devo, e que eu não cometi, jamais cometi (...). A partir do momento que eu me senti agredido ali (...) eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não. Poderia ter simplesmente saído do debate e ido embora pra casa, que era muito melhor. Mas, do mesmo jeito que eu choro como uma reação humana, essa foi uma reação humana que eu não pude conter”.
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