O submarino Tonelero (S42) será batizado nesta quarta-feira (27), ao ser lançado ao mar em na base naval em Itaguaí, no Rio de Janeiro. O evento terá a presença do presidente Lula (PT) e do presidente da França, Emmanuel Macron.
A primeira-dama Janja da Silva será a madrinha da embarcação, seguindo uma tradição naval. O Tonelero faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), fruto de uma parceria entre o Brasil e a França firmada em 2008, cujo orçamento é de cerca de R$ 40 bilhões.
De acordo com a Marinha do Brasil, o novo submarino será equipado com mísseis, torpedos e sensores modernos. Embora o plano inicial previsse que o Tonelero fosse posto em operação em 2020, a embarcação será colocada em água somente agora, mas ainda deve passar por uma fase de testes que avaliarão sua estabilidade no mar.
Como é o submarino Tonelero (S42)
O submarino Tonelero é equipado com seis turbos de armas capazes de lançar torpedos, mísseis antinavio e minas. Seu Sistema de Combate tem ainda sensores acústicos, eletro-ópticos e óticos, além de equipamentos de guerra eletrônica.
A tecnologia francesa deve ser compartilhada para a construção de embarcações nacionais. Por essa razão, o Tonelero guarda semelhanças com os Scorpène, classe de submarinos de ataque desenvolvidos e fabricados na França pela empresa Naval Group.
O modelo brasileiro, contudo, é maior que o francês, tendo 71 metros de comprimento e um deslocamento submerso de 1.870 toneladas. Com quatro motores a diesel e um elétrico, ele tem uma autonomia de mais de 70 dias, podendo atingir mais de 250 metros de profundidade. A tripulação do Tonelero será composta de oito oficiais, 35 militares e 27 praças.
O Tonelero faz parte dos quatro submarinos movidos a propulsão convencional desenvolvidos no âmbito do Prosub. O Humaitá e o Riachuelo foram entregues em janeiro deste ano e setembro de 2022, respectivamente. O último dos quatro, chamado Angostura, ainda está em fabricação.
Investimento e origem do nome
A Marinha justifica o investimento bilionário na nova frota de submarinos como um meio de proteção dos mares brasileiros de forças inimigas. O objetivo é a proteção da chamada Amazônia Azul, área de 5,7 milhões de km² que inclui o mar territorial e a Zona Econômica Exclusiva do Brasil.
O nome da embarcação faz menção a uma ação naval realizada entre 1851 e 1852 pela Marinha Imperial, durante a Guerra do Prata. Na operação, as embarcações brasileiras atravessaram o Passo de Tonelero, levando tropas brasileiras até a província de Entre-Rios, onde desembarcaram.
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