Emmanuel Macron, presidente da França
Ludovic Marin/POOL/AFP
Emmanuel Macron, presidente da França

O presidente da França , Emmanuel Macron , manteve a sua declaração sobre a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia para combater a Rússia . Em entrevista à TV França 1 e 2, nesta quinta-feira (14), o líder francês novamente criticou Vladimir Putin e disse que uma vitória dos russos na guerra colocaria a Europa em risco. 

"Se a Rússia vencer essa guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero", disse Macron. Já questionado sobre as tropas, o presidente da França não descartou entrar de vez na guerra. "Nós negociamos o quanto pudemos, mas não há nada para falar com ele [Putin]. A Ucrânia precisa vencer, não pode haver linhas vermelhas. Eu sou o presidente da França e eu decido", disparou.

Após a mídia insistir no tema sobre a chance da França enviar soldados, Macron reiterou que "não exclui a possibilidade" de enviar tropas. "Não tenho motivos para ser preciso. Mas se nós decidirmos ser fracos, seria escolher a derrota. Eu não quero isso, nossa segurança está em jogo na Ucrânia", acrescentou. 


Na última semana de fevereiro, Macron fez a primeira declaração deste tipo . Na ocasião, o governo de Vladimir Putin repudiou as falas e afirmou que, caso a França envie soldados, poderia usar armas nucleares . Até o momento, Moscou não comentou a nova critica do presidente francês. 

França isolada

Os outros membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) , por enquanto, não engrossaram o coro do presidente da França. A maioria dos países, como Estados Unidos e Reino Unido, estão apenas auxiliando a Ucrânia com o envio de armamentos. 

O chanceler da Itália , Antônio Tajani, chegou a excluir a possibilidade de entrar em confronto direto com a Rússia. "Excluo porque queremos paz, queremos que haja negociações, mas não queremos fazer guerra com a Rússia. O que a Itália está fazendo é ajudar a Ucrânia a se defender", pontuou, em entrevista à Rete4. 

Na ocasião, Tajani também defendeu o papa Francisco, que passou a ser criticado após defender que Kiev deveria negociar a paz com a Rússia . "O papa faz seu trabalho, direciona suas falas para a paz. É certo que ele apele pelo diálogo", comentou. 

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