Em pouco menos de três meses, 2024 já registrou 700 incidentes aéreos e outros 42 acidentes. Junto a isso, este ano também bate outro recorde: o de maior índice de fatalidade (52,4) desde 2016, quando esse número foi de 63,4. Esse dado é obtido a partir da razão entre o total de fatalidades e o total de acidentes.
Os dados do Painel Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), uma ferramenta do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), corroboram para a ideia de que, desde 2023, há uma crescente dos números.
No ano passado, aconteceram 1.177 incidentes, quando houve o maior número de casos desse tipo desde o início da série histórica, em 2014. Também foram contabilizados 155 acidentes , número que só fica atrás dos 167 acidentes de 2018.
Acidentes com repercussão nacional
A representação desses dados pode ser vista quando, só na primeira semana de 2024, três acidentes aéreos ganharam repercussão nacional, um deles exatamente entre o dia 31 de dezembro e 1 de janeiro, quando um helicóptero com quatro passageiros saiu de São Paulo para Ilhabela, Litoral Norte do estado, e caiu na serra do mar. As buscas pela aeronave duraram 12 dias.
Neste grupo também está o incidente com um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais, que caiu no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte (BH), enquanto transportava uma vítima de outro acidente, no dia 8 de janeiro.
Classificações oficiais
Para o Cenipa, órgão responsável por investigar as ocorrências aeronáuticas para prevenir que novos acidentes aconteçam, existem as seguintes diferenciações:
Acidente: toda ocorrência aeronáutica relacionada à operação de uma aeronave tripulada.
Acidente Fatal: refere-se ao número de ocorrências aeronáuticas em que algum dos ocupantes sofreu lesões fatais;
Fatalidades: indica o número total de pessoas que tiveram lesões fatais em acidentes aeronáuticos.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp