Após o início das investigações do ataque de um jovem de 13 a uma escola, que culminou na morte de uma professora de 71 anos, foi verificado que o programa Psicólogos da Educação, da Secretaria da Educação de São Paulo, está com as atividades suspensas desde o dia 25 de fevereiro.
De acordo com a Secretaria de Educação, cerca de 1.000 psicólogos foram disponibilizados no período para receberem formação, e, com isso, desenvolver ações do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP) com o trabalho pedagógico.
O programa foi criado durante a pandemia, e tinha como objetivo zelar pela saúde mental dos docentes e discentes, apoiar a melhoria do ambiente escolar e dar orientações aos gestores e coordenadores acerca dos sinais passíveis de indicação de traumas e abusos entre os alunos.
Ontem, o agressor, que era um estudante do oitavo ano da instituição, entrou armado com uma faca e desferiu golpes contra professores e alunos. Após o atentado, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital das Clínicas.
A Secretaria da Educação informou que houve atendimentos com psicólogos de forma remota entre 2021 e 2022. Mas, neste ano, a pasta estudava uma estratégia para implementar o formato de atendimento presencial, tendo o programa sendo repensado.
"Para atender essa demanda, está em fase de contratação uma nova empresa, com mais de 150 mil horas de atendimento psicológico de alunos e professores da rede estadual”, informa o comunicado da pasta.
Agressor foi detido
Nessa segunda, após ser apreendido pela polícia e prestar depoimento, o jovem deixou a delegacia por volta das 18h10 e foi encaminhado para passar por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). Logo depois, ele foi encaminhado para a Fundação Casa .
Em depoimento prestado 34º DP (Vila Sônia) , o delegado Marcos Vinícius Reis se surpreendeu com a frieza do garoto. O acusado pelo assassinato na escola falou do episódio para a polícia e “não demonstrou nenhuma emoção”, segundo o oficial.
O depoimento ocorreu com a presença dos pais e de advogados do menino, que assumiu ser o autor do crime .
Os policiais fizeram buscas na casa do adolescente e encontraram uma pistola de pressão, chamada de airsoft. Também foram encontrados bilhetes e máscaras.
Agora os investigadores tentam descobrir quais os motivos que fizeram o garoto cometer o ataque . “Precisam ouvir mais pessoas, verificar os bilhetes apreendidos e o material da internet. Querem entender o que aconteceu antes, o que motivou, quais brigas aconteceram”, pontuou o delegado.