O adolescente de 13 anos que assassinou uma professora, de 71, e feriu outras quatro pessoas com facadas em uma escola estadual de São Paulo , na manhã desta segunda-feira (27), prestou depoimento à Polícia Civil. O delegado Marcos Vinícius Reis se surpreendeu com a frieza do garoto.
De acordo com informações do responsável pelo 34º DP (Vila Sônia), o acusado pelo assassinato na escola falou do episódio para a polícia e “não demonstrou nenhuma emoção”. O depoimento ocorreu com a presença dos pais e de advogados do menino, que assumiu ser o autor do crime.
Os policiais fizeram buscas na casa do adolescente e encontraram uma pistola de pressão, chamada de airsoft. Também foram encontrados bilhetes – conteúdo não foi revelado – e máscaras.
Agora os investigadores tentam descobrir quais os motivos que fizeram o garoto cometer o ataque. “Precisam ouvir mais pessoas, verificar os bilhetes apreendidos e o material da internet. Querem entender o que aconteceu antes, o que motivou, quais brigas aconteceram”, pontuou o delegado.
Entenda o caso
Na manhã de hoje, um aluno invadiu a escola estadual na capital paulista com uma faca e atacou estudantes e docentes da instituição. Na ocasião, três professoras e um aluno ficaram feridos.
Uma das professoras, porém, não resistiu. Elisabete Tenreiro sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital das Clínicas ainda nesta manhã.
Câmeras de segurança de uma das salas de aula flagraram o momento em que o agressor golpeou uma professora nas costas e, enquanto tentava ferir mais uma vítima, outra professora o agarra por trás para retirar a arma branca da mão dele. Enquanto ela segura o adolescente, uma terceira aparece para arrancar a faca que ele portava.
Ao iG, alunos da escola relataram que o agressor sofria bullying e rebatia as ofensas dizendo que "ia matar todo mundo". Os estudantes chegaram a mencionar que o suspeito teria se inspirado no massacre de Suzano (SP), que deixou 10 mortos, entre alunos e professores, em 2019.
Mais cedo, policiais informaram que ele planejava o ataque há dois anos, mas as motivações do crime ainda estão sendo investigadas.
O responsável pelo atentado foi aluno da escola, havia pedido transferência e retornado para a Thomazia Montoro no dia 15 de março, segundo o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder.
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