Márcio Aurélio Martinez Martelo, o Bolado, também seria resgatado de presídio em Bangu, segundo a Seap
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Márcio Aurélio Martinez Martelo, o Bolado, também seria resgatado de presídio em Bangu, segundo a Seap

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) identificou um quarto preso que poderia ter se beneficiado da  tentativa de resgate por helicóptero no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, em operação frustrada no último domingo.

Segundo a Seap, o traficante Márcio Aurélio Martinez Martelo, o Bolado, da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, está no grupo de detentos que eram alvo da ação criminosa. Além dele, pretendiam fugir Márcio Gomes Medeiros Roque, o Marcinho do Turano, Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça do Sabão, e José Benemário de Araújo. Os quatro foram transferidos para penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, presídio de segurança máxima.

Na última terça-feira, Márcio Gomes Medeiros Roque já havia sido transferido para Bangu 1. Na quarta, foi a vez de Bolado, Cabeça e José Benemário. Todos ficarão lá até a conclusão do inquérito da Polícia Civil que investiga o caso. O grupo teria demorado a entrar nas celas após as visitas, supostamente à espera do resgate aéreo. Para os investigadores, isso foi um indicativo de que eles estavam à espera da chegada do helicóptero.

A Corregedoria Interna da Seap abriu uma sindicância para apurar se servidores do Instituto Penal Vidente Piragibe, que fica no Complexo de Gericinó, em Bangu, estão envolvidos na tentativa de fuga. Na manhã desta quinta-feira, a corregedoria está no instituto ouvindo todos os servidores que estavam de plantão no dia da operação criminosa frustrada .

Durante a análise das imagens feitas por câmeras de segurança, a Seap afirma que o setor de Inteligência também verificou a movimentação em outras unidades prisionais do Complexo de Gericinó, no mesmo horário que deveria ocorrer o resgate e não foi encontrada nenhuma movimentação fora do comum nos locais.

A investigação descobriu, ainda, que próximo à cantina da unidade prisional havia uma pequena fogueira no chão, criando um rastro de fumaça que poderia ser um suposto sinal de localização para os ocupantes do helicóptero sequestrado.

Entenda o caso

No último domingo, o piloto Leandro Monçores de Araújo, de 42 anos, levou do heliponto da Lagoa, na Zona Sul do Rio, até Angra dos Reis os dois acusados de sequestrar um helicóptero para resgatar comparsa em presídio . No mesmo dia, horas depois, às 17h, outro piloto, Adonis Lopes de Oliveira, que é da Polícia Civil, foi chamado para transportar os dois homens de Angra para o Rio. Após embarcarem, eles anunciaram a verdadeira intenção:  resgatar um detento no Complexo de Gericinó.

Armados com pistolas e fuzis, eles exigiram a mudança de destino, mas Adonis conseguiu frustrar o plano fazendo manobras e desviando a rota, que teve entre os pontos o Batalhão de Bangu, onde fez movimentos bruscos com o helicóptero para chamar a atenção do que acontecia no interior da cabine. O desembarque dos criminosos foi feito no Morro do Caramujo, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Eles ainda não foram localizados. Helicóptero faz manobras bruscas sobre batalhão durante sequestro

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