A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou, por maioria simples, a abertura de processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, do Republicanos.
A decisão final terminou com um placar de 25 votos a 23 na tarde desta quinta-feira (3). Com isso, a denúncia contra o prefeito foi arquivada após cerca de 4 horas de discussões entre os membros da casa.
O pedido de impeachment contra Crivella foi motivado pela denúncia de que servidores pagos com dinheiro público atuavam em hospitais públicos municipais para impedir que jornalistas denunciassem a situação dos locais. O nome do esquema ficou conhecido como "Guardiões do Crivella".
Vereadores da base de apoio do prefeito justificaram que o mandato de Crivella está na reta final e que abrir um processo de impeachment poderia "tumultuar" a disputa à Prefeitura do Rio, na qual ele é candidato à reeleição.
Apesar da rejeição ao pedido de impeachment, Crivella ainda pode ser investigado em CPI na mesma casa por conta do esquema envolvendo os servidores.
Outras investigações
Essa não é a única frente que Crivella precisa lutar. O prefeito do Rio também pode ter que se defender em processo na Justiça Eleitoral pela suposta prática de crimes que teriam sido cometidos pela criação do grupo "Guardiões de Crivella".
O vereador Paulo Messina (MDB) protocolou, nesta terça-feira (2), uma representação contra o prefeito junto à Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público por abuso de poder político e econômico.