No grupo de Whatsapp " Guardiões do Crivella ", além do próprio prefeito Marcelo Crivella , vereadores e os principais nomes do primeiro e segundo escalão do município aparecem entre os contatos que fazem parte do grupo. Entre eles, a chefe de gabinete de Crivella Margarett Rose e Ailton Cardoso da Silva, secretário municipal da Casa Civil.
Segundo pessoas que fazem parte do grupo, entre os principais assuntos estava a exaltação de matérias positivas à prefeitura
ou a reclamação das reportagens negativas.
- Marcelo Crivella , prefeito do Rio
- Ailton Cardoso da Silva , secretário da Casa Civil
- Margarett Rose Nunes Leite Cabral , chefe de gabinete de Crivella
- Beatriz Busch , secreátaria de Saúde
- Sebastião Bruno , secretário de Infraestrutura e Habitação
- Marcelo Marques , procurador geral do município
- Coronel Amendola , diretor do Instituto Pereira Passos
- Rodrigo Betlhem , coordenador político de Crivella
- Flavio Graça , coordenador da Vigilância Sanitária
- Valeria Blanc , assessora de comunicação da prefeitura
- Marcelo Maywald , pré-candidato a vereador e ex-superintendente da Zona Sul
- Tioãozinho do Jacaré , suplente a vereador
- João Mendes de Jesus, vereador pelo Republicanos
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Marcos Paulo Luciano - Foi contratado pela prefeitura em janeiro de 2017 e é lotado no gabinete do prefeito com "cargo especial". O salário bruto dele é de R$ 10.513.
A reportagem tenta contato com todos os citados. Questionada sobre a presença de Crivella e membros do primeiro e segundo escalão, a prefeitura ainda não respondeu os questionamentos da reportagem. Procurado, Coronel Amendola disse quem o adicionou o grupo e que não acompanha as postagens feitas. Já Rodrigo Bethlen disse também não acompanhar o que é postado e nunca leu mensagens de trabalhos feitos em portas de hospitais.
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O assessor especial do gabinete Marcos Paulo de Oliveira Luciano, apontado como chefe do grupo "Guardiões do Crivella", disse ao GLOBO nesta terça-feira que é "servidor do prefeito a serviço da cidade". No esquema, servidores eram mandados para porta dos hospitais com o intuito de impedir denúncias Ao ser indagado se a intenção do grupo era coibir o trabalho da imprensa, Luciano desligou.
"Eu não tenho nada a esconder. Sou um servidor que estou servindo a cidade", limitou-se a dizer.
Funcionários pagos com dinheiro público, aliados do prefeito Marcello Crivella, constrangem e ameaçam jornalistas e cidadãos que denunciam problemas em reportagens sobre unidades municipais de saúde. A existência desses "Guardiões do Crivella" foi revelada nesta terça-feira, pelo telejornal RJ2, da TV Globo. Saiba quem são algumas das pessoas que fazem essa barreira:
- Marcos Paulo Luciano - Foi contratado pela prefeitura em janeiro de 2017 e é lotado no gabinete do prefeito com "cargo especial". O salário bruto dele é de R$ 10.513.
- Ricardo Barbosa de Miranda - Está no cargo de assistente 3 desde junho de 2018. Recebe R$ 3.422.
- Marcelo Dias Ferreira - Foi contratado em setembro de 2018 com "cargo especial" e salário bruto de R$ 2.788.
- Luiz Carlos Joaquim da Silva - Conhecido como Dentinho, é funcionário do município desde dezembro do ano passado com salário bruto de R$ 4.195.
- José Robério Vicente Adeliano - Foi contratado pela prefeitura em novembro de 2018 para um "cargo especial". O salário bruto dele é de R$ 3.229.
Os intimidadores são coordenados por grupos no WhatsApp
. Por meio do aplicativo de troca de mensagens, é realizado até um controle rígido de escala e horário, com direito a selfie no posto de trabalho - uma espécie de "ponto".