Um homem suspeito de ser o operador do prefeito Marcelo Crivella
(Republicanos) no esquema dos "guardiões do Crivella" - grupo de funcionários da Prefeitura do Rio de Janeiro cuja função era atrapalhar o trabalho da imprensa
-, Marcos Paulo de Oliveira Luciano, conhecido como Marquinhos do Crivella, foi indicado pelo próprio prefeito para articular favorecimento dos pastores
da igreja Univeral do Reino de Deus a furarem a fila de cirurgias em hospitais da rede municipal em 2018.
Uma reportagem da TV Globo revelou que Marcos Luciano controlava a escala do grupo dos " guardiões do Crivella ". Segundo a reportagem, Crivella indicou o aliado como um dos interlocutores para que pastores fossem favorecidos em serviços da prefeitura, como o agendamento de procedimentos médicos em fiéis sem passar pelo Sisreg (Sistema de Regulação), ou a resolução de problemas em templos com o pagamento de IPTU.
Outro elo iportante no esquema é Márcia Nunes, funcionária da da Comlurb (companhia de limpeza urbana do Rio). "A maioria são mulheres que estouram uma variz na perna e abre uma ferida que não fecha. E a senhora apenas troca o curativo. Hoje existe uma maneira, injeta na veia dela uma espuma medicinal e fecha a ferida, uma benção. Também por favor falem com a Márcia . E tem a vasectomia para os homens, estamos zerando a fila ", disse Crivella em gravação realizada pelo jornal O Globo.
"É muito importante os irmãos ficarem com o telefone da Márcia ou do Marquinhos porque às vezes ocorre um imprevisto. Se houver caso de emergência, liga. Liga para a Márcia e ela liga para mim, para o Marquinhos. É importante você ter um canal para poder socorrer num momento de emergência ", disse o prefeito do Rio em reunião com lideranças religiosas em 2018.