Deputada Carla Zambelli (PL-SP)
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Deputada Carla Zambelli (PL-SP)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)  disse nesta quinta-feira (23) que procurou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes , por ter "expectativa" de ser presa pela Polícia Federal .

"Liguei e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar", afirmou a parlamentar em entrevista à "Folha de S. Paulo".

No dia 1º de novembro do ano passado, a deputada teve os  perfis das redes sociais suspensos por Moraes após ela alegar que as  eleições vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram fraudadas e apoiar o bloqueio das rodovias que pediam a intervenção federal.

No dia 6 de fevereiro deste ano, o ministro determinou a reativação da conta de Zambelli no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram, TikTok, Gettr, WhatsApp e LinkedIn. Na decisão, Moraes diz que “houve a cessação de divulgação de conteúdos revestidos de ilicitude e tendentes a transgredir a integridade do processo eleitoral”.

Questionada se tinha medo de ser presa, a deputada relata que tem a "expectativa".

"Medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na porta", relata.

No dia 16 de fevereiro,  a deputada procurou o gabinete do ministro com a intenção de "destensionar" a relação entre o Legislativo e o TSE, segundo a Folha.

No mesmo dia, Zambelli e um grupo de deputados voltou a defender ações para colocar em prática um movimento de “ocupar” o Senado e tentou reacender um impeachment de Moraes.








Rompimento com Bolsonaro

Zambelli disse ainda que a prioridade dela agora não é mais defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sim ser oposição ao presidente Lula.

"Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e o governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos", afirmou.

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