Acampamento em frente Comando Militar do Leste, em Brasília, foi desmontado por ordem de Alexandre de Moraes
Fernando Frazão/Agência Brasil - 09.01.23
Acampamento em frente Comando Militar do Leste, em Brasília, foi desmontado por ordem de Alexandre de Moraes

O governo de  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou mais 11 militares que atuavam em órgãos vinculados à presidência da República nesta quarta-feira (25). O novo grupo de exonerado atinge nove servidores que serviam à vice-presidência e dois do  Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Dentre as demissões na vice-presidência há o chefe de Ajudância de Ordens, o Major do Exército Victor Almeida Pontes. O restante ocupava cargos na assessoria militar, no Departamento de Administração e Finanças, na Ajudância de Ordens e na Diretoria de Administração. 

Na última terça-feira (24), o governo trocou o segundo nome mais importante do GSI . O general Carlos José Russo Assumpção Penteado tinha a função de secretário-executivo do GSI desde setembro de 2021. Ele era o número dois do ministro Augusto Heleno, chefe do gabinete no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . Com a nova decisão, o general Ricardo José Nigri assume o cargo.

A mudança ocorre em meio a desconfiança da conduta dos militares durante os atos golpistas na sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Lula disse ainda, em diversas ocasiões, acreditar que as Forças Armadas foram coniventes com as invasões.

"A polícia de Brasília negligenciou, a inteligência de Brasília negligenciou as invasões [...] No dia da minha diplomação a polícia militar de Brasília acompanhava as pessoas tacando fogo em ônibus, havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes", disse o presidente durante uma reunião com os 27 governadores um dia após os atos.

Troca do comandante do Exército

No último sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda . O general Tomás Paiva assumiu o cargo. Ainda, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, justificou a troca no comando dizendo que houve "fratura de confiança" na relação com o Exército.

“Estamos investindo na aproximação das Forças Armadas com o governo do presidente Lula. Evidentemente, depois dos recentes episódios como o 8 de janeiro, os acampamentos, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança”, disse o ministro, ao lado de Paiva, no Palácio do Planalto. “Achávamos que precisávamos estancar isso logo de início para superarmos esse episódio”, finalizou.

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