General Carlos José Russo Assumpção Penteado
Reprodução: CMC - 24/01/2023
General Carlos José Russo Assumpção Penteado

governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocou o segundo nome mais importante do Gabinete de Segurança Institucional ( GSI ) . A portaria com a troca foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira. Ela é assinada por  Geraldo Alckmin (PSB), que assumiu a Presidência da República enquanto Lula está na Argentina .

O general Carlos José Russo Assumpção Penteado tinha a função de secretário-executivo do GSI desde setembro de 2021. Ele era o número dois do ministro Augusto Heleno, chefe do gabinete no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . Com a nova decisão, o general Ricardo José Nigri assume o cargo.

A mudança ocorre em meio a desconfiança da conduta dos militares durante os atos golpistas na sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Lula disse ainda, em diversas ocasiões, acreditar que as Forças Armadas foram coniventes com as invasões .

"A polícia de Brasília negligenciou, a inteligência de Brasília negligenciou as invasões [...] No dia da minha diplomação a polícia militar de Brasília acompanhava as pessoas tacando fogo em ônibus, havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes", disse o presidente durante uma reunião com os 27 governadores um dia após os atos.

Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, na última quinta-feira (19), Lula disse que a entrada dos vândalos foi facilitada.

"Eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso. Eu estou esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do palácio. Teve muita gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui", apontou o chefe do Executivo.

Troca do comandante do Exército

No último sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda . O general Tomás Paiva assumiu o cargo. Ainda, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, justificou a troca no comando dizendo que houve "fratura de confiança" na relação com o Exército.

“Estamos investindo na aproximação das Forças Armadas com o governo do presidente Lula. Evidentemente, depois dos recentes episódios como o 8 de janeiro, os acampamentos, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança”, disse o ministro, ao lado de Paiva, no Palácio do Planalto. “Achávamos que precisávamos estancar isso logo de início para superarmos esse episódio”, finalizou.

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