Lula criticou Bolsonaro
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Lula criticou Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23) na Casa Rosada , ao lado de Alberto Fernández , presidente da Argentina , o petista se desculpou por “grosserias” do seu antecessor em relação ao país vizinho.

"Hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido truncada. A minha presença como primeira viagem feita depois da minha eleição a um país estrangeiro é para dizer ao meu amigo Alberto Fernández que nós vamos reconstruir aquela relação de paz, produtiva, avançada, de dois países que nasceram para crescer, se desenvolver e gerar melhores condições de vida para os seus povos", comentou.

"Estou pedindo desculpas por todas as grosserias que o último presidente do Brasil, que eu trato como um genocida por causa da responsabilidade com o cuidado com a pandemia, todas as ofensas que fez ao Fernández", acrescentou o presidente do Brasil.

A relação entre os dois países ficou ruim durante o governo Bolsonaro por questões ideológicas. Ao longo do seu mandato, o ex-chefe do Executivo brasileiro criticou inúmeras vezes os planos adotados por Fernández, que é um político de esquerda e muito próximo de Lula.

Não por acaso o petista escolheu a Argentina como primeiro destino internacional após assumir o cargo. "Vamos retomar laços. O Brasil está voltando ao cenário internacional e atuará pelo fortalecimento do Mercosul", escreveu o mandatário brasileiro em seu perfil no Twitter.

Lula defendeu soberania da Venezuela

Durante a entrevista,  Lula defendeu a soberania da Venezuela. “Eu vejo muita gente pedindo compreensão ao Maduro, mas esquecem que fizeram uma coisa abominável para a democracia que foi reconhecer um presidente não eleito, que foi o [Juan] Guaidó. Esse cidadão exerceu o papel de presidente sem ser presidente. Até as reservas em ouro depositadas em banco inglês, foi a esse cara dada a garantia do recebimento. Então me pergunto: quem está errado?”, indagou.

“A gente tinha que ter na cabeça algo muito claro que os desejos dos seus povos devem ser respeitados em qualquer país. Da mesma forma que sou contra a ocupação territorial que a Rússia fez na Ucrânia, eu sou contra de muitas ingerências na Venezuela”, acrescentou.

“Para resolver o problema da Venezuela, vamos ter que ter muito diálogo e não bloqueio. Para resolver o problema da Venezuela, vamos ter que ter muita conversa e não ocupação. A gente vai resolver o problema da Venezuela com diálogo e não com ofensas”, concluiu.

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