O ex-presidente Jair Bolsonaro falando ao celular no início do mandato
Isac Nóbrega/PR - Jan/2019
O ex-presidente Jair Bolsonaro falando ao celular no início do mandato

Bolsonaristas estão sentindo falta do gabinete do ódio e já não sabem como agir diante das notícias do dia a dia. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cada vez mais distante das redes, o fã-clube tenta manter o grupo organizado, mas muitos reclamam de falta de orientação.

"Está cada vez mais difícil, quase inviável, porque não sabemos onde atacar para não permitir o crescimento da esquerda", diz o dono de três canais no Telegram que, somados, contam com mais de 50 mil usuários.

Para ele, até as eleições a dinâmica funcionava e a direita pautava o debate porque havia organização. "Pessoas próximas ao presidente levantavam os temas e a gente repercutia. Isso sempre deu certo", garante.

Desde que perdeu, no entanto, Bolsonaro parou de falar. "A gente precisa decifrar os códigos, muita gente desanimou por causa disso. Parece que eles não querem mais salvar o Brasil do comunismo", lamenta.

Mesmo sem a orientação do gabinete do ódio , que foi desmontado sem a força da máquina pública, os bolsonaristas seguem tentando espalhar fake news, mas de forma desordenada e sem atingir, de fato, a sociedade. Se antes todos os temas chegavam em praticamente todas as famílias, agora ficou mais difícil.

"Como não existe uma coordenação, cada canal fala o que quer. Algumas coisas pegam, outras nem tanto", diz o bolsonarista frustrado. Para ele, é preciso achar outro nome que organize o grupo se Bolsonaro não tomar a posição.

"Muita gente se sente abandonado pelo Bolsonaro. Ainda não entendemos o que ele fez", revela. De todo modo, a fonte ouvida pela coluna garante que não vão parar. "É pelo Brasil, não pelo Bolsonaro", conclui.

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