Mapa político do Oriente Médio, onde está Israel, Egito, Jornadânia, Faixa de Gaza e Cisjordânia
Jornal Correio do Estado
Mapa político do Oriente Médio, onde está Israel, Egito, Jornadânia, Faixa de Gaza e Cisjordânia

A Faixa de Gaza é um território que faz fronteira com o Egito , Israel e Mar Mediterrâneo. Recebeu esse nome por conta da cidade de Gaza e possui 360 km², o equivalente a um quarto da cidade de São Paulo, o que a torna um dos lugares mais densamente populosos do mundo, com seus 2,1 milhões de habitantes. 

O local também tem uma população extremamente jovem e urbana, onde a média de idade da população é de 18 anos e 40% dos moradores tem até 14 anos , de acordo com o CIA World Factbook. Suas cidades são: Beit Lahia, Deir al-Balah, Gaza, Jabalia, Khan Yunis e Rafa.


Guerra dos seis dias e Yom Kippur

Os primeiros registros de ocupação da região remetem ao período do Império Otomano, durante o século XIX. Quando ele chegou ao fim, após a Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha assumiu o controle, onde sempre existiu uma população árabe. 

O território ficou sob a posse dos britânicos até o fim da Segunda Guerra Mundial. Quando o conflito chegou ao fim, o holocausto impulsionou o crescimento do movimento sionista, que passou a ter o apoio das grandes potências economicas da época

Isso, junto com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945 , resultou na criação do estado de Israel em 1948, junto com a remarcação das terras ocupadas pelos palestinos. Naquele momento, a Faixa de Gaza pertencia ao Egito. 

Só em 1967, com a Guerra dos Seis Dias e a vitória de Israel frente a Egito e Líbano, que a Faixa de Gaza se tornou território israelense. Foi nesse período que Israel passou a demonstrar seu poder militar, uma vez que os territórios das Colinas de Golã, Cisjordânia e Península do Sinai também foram conquistados.  

Mais tarde, com a Guerra do Yom Kippur, em 1973 , Israel foi surpreendido pelo ataque sírio-egípsio, territórios como a Península do Sinai e Colinas de Golã saíram da posse dos israelenses, mas a Faixa de Gaza permaneceu. 

Yitzhak Rabin (à esquerda), aperta a mão de Yasser Arafat, observados pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
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Yitzhak Rabin (à esquerda), aperta a mão de Yasser Arafat, observados pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.


Acordos de Oslo

Desde que Israel assumiu o controle da Faixa de Gaza e Cisjordânia em 1967, as tensões políticas e sociais entre palestinos e judeus cresceram exponencialmente, motivadas especialmente pela ocupação israelense nesses territórios. 

E em 1987, acontece a Primeira Intifada, uma série de protestos que incluíram greves, boicotes e ataques às forças israelenses. O primeiro motim teve início justamente num campo de refugiados em Gaz a, em dezembro de 1987. A revolta só acabou em 1991, após mais de 2 mil mortes, a maioria entre palestinos.

Até que em 1993, as negociações políticas avançaram de uma forma significativa e na época, muitos acreditaram que era o começo da paz entre os lados. O palestino Yasser Arafat, líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o o premiê israelense Yitzhak Rabin chegaram ao acordo que ficou conhecido como Acordos de Oslo.

O resultado foi o começo da retirada de israelenses de territórios palestinos na Faixa de Gaza. Mas o assassinato de Rabin por um extremista judeu em 1995 criou ainda mais tensão e em 2000, a visita do ex-general e político linha-dura israelense Ariel Sharon ao complexo de mesquitas de Al-Aqsa (Monte do Templo), em Jerusalém resultou na Segunda Intifada palestina.

 Chegadada do Hamas ao poder

Após a Segunda Intifada, a tensão entre palestinos e israelenses continuou até 2005, quando o governo israelense retirou suas ocupações de Gaza, por considerar a operação militar muito custosa e passou a concentrar seus esforços na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. 

Nas eleições de 2006, o braço político do Hamas assumiu o poder  na Faixa de Gaza, mas em 2007, o grupo extremista expulsou seus rivais políticos da Autoridade Palestina e a controlar o território de maneira autoritária. 

Com o argumento de se proteger do Hamas, Israel reforçou as operações de segurança na fronteira e impôs um controle militar cada vez maior sob a região, que segue até hoje.

Um dos resultados desse contexto é a escalada de violência do Hamas. Os ataques que começaram no dia 7 de outubro somam-se a outros embates entre os dois lados que já aconteceram em 2008, 2014 e 2021.


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