O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas,
disse que "as políticas e ações do Hamas não representam o povo palestino", durante conversa com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
De acordo com Abbas, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é o único representante legítimo do povo palestino.
Maduro conversou o presidente da Autoridade Palestina por telefone para manifestar apoio à causa palestina em meio ao confronto entre Israel e o grupo extremista islâmico Hamas. Na ocasião, segundo a agência de notícias palestina Wafa , o venezuelano determinou o enviou de ajudar humanitária aos palestinos.
Mahmoud Abbas também discutiu o conflito que atinge o Oriente Médio com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último sábado (14).
Na conversa, o petista buscou apoio para a saída dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardando para serem repatriados e lembrou o reconhecimento do governo brasileiro ao Estado palestino. Na ocasião, Lula também expressou preocupação com os civis de Gaza e com o bloqueio de ajuda humanitária à região.
O Planalto informou que Lula condenou os "ataques terroristas contra civis em Israel", mas acrescentou que "os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra".
A ofensiva no Oriente Médio começou após o Hamas realizar um ataque surpresa em Israel no último dia 7. Na ocasião, o grupo radical bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes. Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra, em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país.
Depois disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo.
Na quinta-feira (12), as Forças Armadas de Israel pediram que os moradores de Gaza, que é comandada pelo Hamas, deixassem a região em até 24 horas e se deslocassem em direção ao sul.
Após o fim do prazo dado pelo país, o Exército israelense intensificou os ataques contra Gaza, em contraofensiva.
De acordo com a agência da ONU que apoia os refugiados palestinos (UNRWA), em torno de 1 milhão de moradores de Gaza deixaram suas casas fugindo dos ataques. No sul da Faixa de Gaza, a situação já é "insuportável", segundo a ONU, com famílias chegando a abrigos que não têm alimento, eletricidade, remédios e outros itens básicos para recepcioná-las.