Um representante da missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York (EUA) disse que o país não vai se envolver no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas desde que o "apartheid israelense não se atreva a atacar" o território iraniano.
"As Forças Armadas do Irã não se envolverão, desde que o ‘apartheid israelense’ não se atreva a atacar o Irã, os seus interesses e os nacionais. A frente de resistência pode se defender", disse o representante iraniano à agência de notícias Reuters .
Esta não é a primeira vez que o Irã faz ameaças a Israel desde o início do confronto, no último dia 7, quando o Hamas fez um ataque surpresa ao país. Na última sexta-feira (13), o ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, disse que "novas frentes de conflito poderão ser abertas" se Israel continuar os seus "crimes de guerra e cerco humanitário a Gaza".
"Naturalmente, com a continuação dos crimes de guerra israelenses e o cerco humanitário a Gaza e à Palestina, qualquer decisão e possibilidade por parte de outros membros do movimento de resistência é provável", disse o ministro.
Desde a última semana, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou que o país faria um "bloqueio completo" de alimentos, combustíveis, gás e energia na Faixa de Gaza. A ação, porém, é listada como crime de guerra pelo Direito Internacional Humanitário (DIH) e pelo próprio Manual de Guerra de Israel.
Nesse domingo (15), no entanto, o governo de Israel decidiu reabrir as tubulações de água e retomar o fornecimento no sul de Gaza.
A ofensiva no Oriente Médio começou após o Hamas realizar um ataque surpresa em Israel no último dia 7. Na ocasião, o grupo radical bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes. Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra, em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país.
Depois disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo.
Na quinta-feira (12), as Forças Armadas de Israel pediram que os moradores de Gaza, que é comandada pelo Hamas, deixassem a região em até 24 horas e se deslocassem em direção ao sul.
Após o fim do prazo dado pelo país, o Exército israelense intensificou os ataques contra Gaza, em contraofensiva.