Senador Carlos Viana durante a última sessão do ano da CPMI do INSS
Carlos Moura/Agência Senado
Senador Carlos Viana durante a última sessão do ano da CPMI do INSS

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) revelou que tem enfrentado um tumor na parte externa do estômago há alguns meses.


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O parlamentar divulgou seu quadro de saúde na última sessão da CPMI do ano, e prometeu "voltar ainda mais forte" em 2026 caso sua saúde permita. Viana fará uma cirurgia para retirar o  tumor do câncer neste sábado (06).

"Por isso, eu comunico ao Brasil que, neste sábado, está prevista uma cirurgia para o completo restabelecimento da minha saúde, retirando esse tumor que enfrentei em silêncio, com fé, com foco absoluto no trabalho desta comissão", disse o senador.

Recomendação de cirurgia

Carlos Viana foi eleito presidente da CPMI do INSS em agosto
Geraldo Magela/Agência Senado
Carlos Viana foi eleito presidente da CPMI do INSS em agosto


Em sua fala, o presidente da  CPMI do INSS contou que recebeu recomendação médica para passar por cirurgia há 90 dias, mas que decidiu adiar o procedimento para atuar à frente da comissão que investiga os desvios indevidos nas aposentadorias de beneficiários do INSS.

“Há alguns meses eu recebi um diagnóstico de tumor localizado na parte externa do estômago. Noventa dias atrás os médicos recomendaram que eu fosse imediatamente para uma cirurgia, mas pedi a Deus que me sustentasse até hoje, até essa última sessão do ano para cumprir integralmente a missão que me foi confiada. E Deus me sustentou”, contou.

Em março, Viana chegou a ser internado para o tratamento de um tumor que não foi especificado à época. Em agosto, o parlamentar foi eleito para presidir a CPMI do INSS, que está prevista para ser encerrada em março de 2026, com chances de prorrogação por mais 60 dias.

Carlos Viana também relatou que, apesar dos riscos à sua saúde, "o dever e o compromisso" o fizeram adiar o procedimento cirúrgico.

“A medicina mandou eu parar. O dever e o compromisso me disseram: continue. Se Deus permitir, eu voltarei e voltarei ainda mais forte, porque enquanto houver um único aposentado injustiçado nesse país, eu estarei nessa luta”, pontuou.


CPMI do INSS

A CPMI investiga o esquema de desvios irregulares dos beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo R$ 4,1 bilhões apenas nos dois primeiros anos do atual governo.

O plano de trabalho da comissão prevê seis eixos de investigação, incluindo mapeamento do esquema, identificação de responsáveis e análise do impacto sobre os beneficiários. O governo destinou R$ 3,3 bilhões via Medida Provisória para ressarcir as vítimas dos descontos indevidos.

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