Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro em 2020
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Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro em 2020


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) rebateu o governador de Goiás , Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), nesta terça-feira (29). Ele afirmou que seu ex-aliado não gosta de ser contrariado e relembrou que ambos já tiveram desavenças no passado.

“O Caiado é uma pessoa que, se você o desagrada, ele vira teu inimigo. Em quatro momentos, ele rompeu comigo enquanto na presidência da República. Um momento (foi) agora, ele tinha um candidato, eu tinha outro. O outro foi fruto da desistência do Gayer. Logicamente, começou mais para baixo. Nós enfrentamos lá o governo do Estado, a prefeitura e também uma busca e apreensão inexplicável na quinta-feira que antecedeu a eleição”, afirmou em coletiva de imprensa no Senado.

O posicionamento de Bolsonaro ocorreu após Caiado tê-lo chamado de “desrespeitoso” e “deselegante” em entrevista ao Estadão. O governador e o ex-presidente foram adversários em Goiânia, já que apoiaram candidatos opostos no segundo turno da capital de Goiás.

Na disputa, Sandro Mabel (União Brasil- GO) venceu por 55,53% contra 44,47% de Fred Rodrigues (PL- GO), confirmando a vitória do governador em cima de Bolsonaro.

O apoio do ex-presidente a Rodrigues irritou Caiado e também Mabel, que prometeu dar o troco em Bolsonaro em 2026.

Caiado e Bolsonaro já tiveram desavenças na pandemia. Na ocasião, o governador foi contrário ao comportamento do ex-presidente sobre as vacinas e o distanciamento social. Porém, em 2022, fizeram as pazes e se aliaram nas eleições.


Rixa na direita

Em entrevista para a Folha de S.Paulo, Caiado garantiu que será candidato a presidente pelo União Brasil em 2026 e elogiou outros governadores de direita, como Romeu Zema (Novo-MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR), que são colocados como possíveis candidatos à presidência.

Bolsonaro está inelegível até 2030, mas aliados trabalham para aprovar um projeto de anistia ao ex-presidente, permitindo-o a concorrer em 2026. Ele tem dito que conseguirá disputar o cargo novamente daqui dois anos e se autoproclama como “principal líder da direita brasileira”.

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