Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), afirmou nesta quarta-feira (27) que vai atender às determinações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em relação à hospedagem de Bolsonaro na embaixada da Hungria, ocorrida em fevereiro deste ano.
A decisão do ministro, emitida na segunda-feira (25), estipulou um prazo de 48 horas para que o ex-presidente prestasse esclarecimentos sobre a visita.
Em mensagem publicada em seu perfil no X, antigo Twitter, Wajngarten declarou: "Em cumprimento ao despacho do Ministro Alexandre de Moraes, tendo em vista o recesso da Suprema Corte na data de hoje, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolará por meio eletrônico a petição sobre os esclarecimentos relativos à ida do Presidente à Embaixada da Hungria. A defesa reitera o desejo de despachar pessoalmente com o Ministro a fim de elucidar por completo toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema".
A estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano. A notícia ganhou destaque após o jornal The New York Times divulgar informações de que Bolsonaro teria permanecido dois dias na embaixada após a operação da Polícia Federal que apreendeu seu passaporte em 8 de fevereiro.
A Polícia Federal iniciou uma investigação para determinar se Bolsonaro organizou uma possível tentativa de fuga para a Hungria. Segundo informações da Folha de S.Paulo, a suspeita é que o ex-presidente teria planejado se exilar no país europeu, aproveitando sua boa relação com o presidente húngaro, Viktor Orbán, líder de extrema-direita.
A embaixada da Hungria, estando fora do alcance da segurança nacional brasileira, poderia oferecer um local seguro para Bolsonaro em caso de uma possível prisão determinada pela justiça brasileira.
Bolsonaro, em declarações à imprensa, negou veementemente qualquer envolvimento em planos de golpe ou tentativas de fuga. Ele afirmou que sua permanência na embaixada da Hungria foi uma coincidência de agendas e que as acusações não têm fundamento.
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