Ronnie Lessa
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Ronnie Lessa

A defesa do réu Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco (PSOL) e o motorista da vereadora , Anderson Gomes, em 2018 , anunciou nesta quarta-feira (20) que vai abandonar o caso. O anúncio ocorre depois de uma delação premiada por parte do acusado ser  homologada pelo Superior Tribunal Federal.

Os advogados de Lessa, Fernando Santana e Bruno Castro, informaram por meio de nota que ambos não trabalham para delatores. "Por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores". Eles defendiam o ex-policial em 12 processos.

"Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa", afirma a nota.

Lessa, ex-policial militar que está preso desde 2019, revelou os mandantes e as circunstâncias do crime durante a delação premiada. O  deputado federal Chiquinho Brazão foi mencionado como um dos envolvidos no crime, segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles .

Chiquinho é irmão de  Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) . Conforme o site  Intercept Brasil , ele foi citado como o mandante do assassinado da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Domingos Brazão é um empresário do ramo dos postos de gasolina e político conhecido com uma longa carreira no estado. Chiquinho faz parte da família que tem bastante influência política no Rio de Janeiro, especialmente em Jacarepaguá, área historicamente vinculada à presença da milícia.


Delação

Lessa começou a colaborar com a Polícia Federal após Élcio de Queiroz entregá-lo como o executor dos assassinatos. A partir desse momento, ele revelou quem tinha o contratado para realizar o crime, contando detalhes de reunião antes e depois do assassinato.

O ex-PM afirmou ainda que um grupo político poderoso no Rio de Janeiro estava envolvido no crime.

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