O nome de Chiquinho Brazão surgiu em meio à delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco , cuja colaboração foi homologada no Supremo Tribunal Federal devido ao foro privilegiado do deputado, embora não esteja diretamente associado ao crime.
Chiquinho Brazão, deputado federal, é parte de uma família com profunda influência política no Rio de Janeiro, especialmente em Jacarepaguá, área historicamente vinculada à presença da milícia. Ele é irmão de Pedro e Domingos Brazão, ambos atuantes na política carioca.
Antes de chegar à Câmara dos Deputados, Brazão teve uma longa trajetória como vereador pelo MDB na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, inclusive durante parte do mandato de Marielle. Sua eleição para o cargo de deputado federal se deu pelo Avante em 2018 e, posteriormente, foi reeleito em 2022 pelo União Brasil.
Embora Chiquinho Brazão tenha afirmado nunca ter sido mencionado no caso Marielle e alegue ter tido uma relação positiva com a vereadora durante seu mandato na Câmara Municipal, o nome de seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas da União, surgiu em depoimentos relacionados ao crime.
Um miliciano, Orlando Curicica, afirmou à Polícia Federal em 2019 que participou de uma reunião no Rio onde o assassinato de Marielle foi discutido, envolvendo membros do "Escritório do Crime" e um policial militar que atuou como assessor de Domingos Brazão.
No relatório da Polícia Federal daquele ano, a corporação afirma que “Domingos Inácio Brazão é, efetivamente, por outros dados e informações que dispomos, o principal suspeito de ser o autor intelectual dos crimes contra Marielle e Anderson”.
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