Padre Júlio Lancellotti na Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste da capital
Rovena Rosa/Agência Brasil - 07/03/2023
Padre Júlio Lancellotti na Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste da capital

A Câmara Municipal de São Paulo decidirá hoje (6) se será aceito o pedido de instalação da CPI das ONGs, que teria como foco o padre Júlio Lancellotti  e sua atuação à frente da Pastoral do Povo de Rua da Igreja Católica.

Uma reunião está marcada para às 14h para que os líderes das bancadas tomem uma decisão. Será discutido se o requerimento de  instalação desta Comissão Parlamentar de Inquérito poderá passar na frente de outras 42 e se haverá votação na Casa sobre o assunto.

Os vereadores aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) têm seus próprios pedidos de abertura de CPIs. Além disso, parte de sua base quer agir com cautela sobre o tema.


Entenda o caso

No fim do ano passado, um requerimento para criação de uma CPI das ONGs começou a se espalhar na Câmara. Em janeiro dete ano, o autor do requerimento Rubinho Nunes (União), havia dito que o trabalho assistencial feito pelo Padre Júlio com dependentes químicos da Cracolândia seria o foco da CPI. 

Ao menos duas CPIs precisam funcionar em cada período legislativo devido ao regimento interno da Câmara. Suas instalações obedecem uma ordem cronológica, de acordo com a data de requerimento. Para a CPI das ONGs ser instalada, os vereadores devem votar em uma inversão da ordem da fila de espera.

O requerimento da investigação foi assinado por 24 vereadores.  Entretanto, 7 deles não concordaram com Rubinho após ter colocado Lancellotti como foco da CPI. Esses parlamentares querem manter o apoio à CPI, entretanto, somente se ela ficar restrita a investigar a aplicação de recursos públicos repassados a ONGs atuantes na Cracolândia.

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