Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Reprodução / canal gov - 29.11.2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (1º), ser “inexplicável” que a ONU, “apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra”. A declaração foi dada durante a COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes .

Lula não nomeou os membros que lucram com a guerra, mas pressupõe-se que ele se refere ao episódio em que, a resolução do Brasil proposta no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e Hamas, foi vetada pelos Estados Unidos e aprovada por 12 países .

"Governantes não podem ser eximidos suas responsabilidades. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho. Estamos todos obrigados a atuar juntos, além de nossas fronteiras. O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ajustamos nossas metas que são hoje mais ambiciosas do que a de muitos países desenvolvidos", disse Lula.

Seca e ciclones

Durante discurso na COP28, o presidente brasileiro falou também sobre a seca na Amazônia e ciclones que atingiram a região Sul do Brasil nos últimos meses. 

Sobre a Amazônia, Lula afirmou que a região vive a "mais trágicas secas de sua história". Mais de 60 cidades foram atingidas pela seca no Amazonas. Já no Sul, a dificuldade é a chuva e ciclones, que deixaram  destruição e morte".

"O planeta já não espera para cobrar a próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta?", disse Lula.

O chefe do Executivo brasileiro declarou ainda que 2023 é o ano mais quente "dos últimos 125 mil anos". As altas temperaturas são consequência dos gases de efeito estufa e o fenômeno El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 já é considerado o mais quente já registrado em um período longo de tempo , tomando o lugar do ano de 2016, que havia registrado um aquecimento de 1,2ºC além da média pré-industrial. 

A agência da ONU alerta ainda que, faltando um mês para o ano acabar, a temperatura deve subir 1,4ºC, sendo um recorde climático.

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