A Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a resolução do Brasil sobre os conflitos entre Israel e Hamas. A Rússia pediu a convocação de uma reunião de emergência com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) diante urgência da guerra . Foram 12 votos a favor, um voto dos Estados Unidos apresentando a rejeição, e duas abstenções, da Rússia e do Reino Unido.
O pedido russo foi feito ao Brasil porque, no mês de outubro, o Itamaray preside o órgão da ONU. Dessa forma, cabe ao governo brasileiro convocar reuniões de emergência.
Segundo os Estados Unidos, o Brasil não cita o direito da autodefesa dos israelenses na resolução. O texto brasileiro pedia a retirada imediata das tropas israelenses do conflito, a volta da ordem, e também a formação de corredores humanitários para que civis palestinos e funcionários da ONU conseguissem sair da Faixa de Gaza.
Após o pronunciamento dos EUA, o representante do Brasil na ONU declarou: "Novamente o silêncio e a inatividade prevaleceram. Lamentamos essa ação coletiva e temos esperança que esforços por outras autoridades possam trazer resultados que sejam urgentes".
O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e outros 10 que fazem parte do conselho roativo (Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes).
Na última segunda (16), a Rússia apresentou uma proposta de cessar-fogo imediato, abertura de corredores humanitários e liberação de reféns com segurança. A cúpula também rejeitou a resolução russa . Segundo a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, o texto não condenava diretamente as ações do Hamas.
O conflito entre Israel e Hamas já deixou aproximadamente 5 mil pessoas mortas. De acordo com o último balanço, são 1.400 israelenses mortos e 3.478 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.
Ontem, um ataque ao hospital Batista Al-Ahly Arab, fundado em 1882 no centro da Cidade de Gaza fez 785 vítimas, sendo 471 pessoas mortas e 314 feridos, dos quais 28 se encontram em estado crítico de saúde, segundo o Ministério da Saúde palestino informou, nesta quarta-feira (18).