O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), e Paulo Gonet, atual procurador-geral eleitoral, para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (27), antes da viagem do mandatário brasileiro para o Oriente Médio e Alemanha.
A expectativa do governo é que os nomes de Dino e Gonet sejam aprovados no Senado antes do recesso parlamentar, que se inicia em 23 de dezembro. Lula anunciou a decisão após uma demora inédita de 50 dias com os cargos vagos. Dino foi um dos primeiros nomes cogitados à vaga deixada pela ministra Rosa Weber, tido desde o início como o favorito dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Outros dois nomes que ganharam tração ao longo da espera foram o de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União, e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União.
Flávio Dino tem 55 anos e nasceu em São Luís (MA). Ele foi juiz federal antes de iniciar sua carreira política e presidiu a Embratur no governo de Dilma Rousseff (PT). Foi deputado federal e governador do Maranhão por dois mandatos (2015–2022) e, atualmente, é o ministro da Justiça.
Paulo Gonet tem 62 anos, ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987 e, nos anos 1990, criou com Gilmar Mendes o Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP). Gonet se encontrou com o presidente em setembro, quando o petista também se reuniu com o subprocurador Antonio Bigonha, que igualmente pleiteava o cargo.
Desde a saída de Augusto Aras, Elizete Ramos ocupa interinamente o cargo. Aras chegou a tentar uma recondução, mas desconsiderada pelo presidente por seu passado próximo a Jair Bolsonaro (PL).