Augusto Aras
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Augusto Aras


O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quinta-feira (21) que os últimos anos em que esteve à frente do cargo foram marcados por "falsas narrativas" e "incompreensões". O discurso do PGR ocorreu durante a sessão do Supremo Tribunal Federal, na qual ele representou o Ministério Público.

O mandato de Aras chega ao fim neste mês, e a tendência é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não o reconduza ao cargo. O chefe do Executivo federal tem outros favoritos para indicar para a função.

Augusto Aras comandou a Procuradoria-Geral da República durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Ao longo do período em que esteve à frente da PGR, ele foi criticado por não dar prosseguimento às investigações contra o ex-governante do país. O maior exemplo utilizado pelos opositores bolsonaristas é a denúncia do comportamento negacionista do capitão da reserva na pandemia da Covid.

Apesar das críticas, Aras defendeu seu trabalho e afirmou que foi vítima de "algumas incompreensões e falsas narrativas, dissonantes com o trabalho realizado". Ele ressaltou que nunca atuou como agente político.

"Nossa missão não é seguir pela direita ou pela esquerda, mas garantir, dentro da ordem jurídica, que se realize justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana", discursou.


Homenagem de Gilmar Mendes

Durante a sessão, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, prestou uma homenagem a Augusto Aras. Na avaliação do magistrado, o PGR enfrentou o "período mais desafiador da história" do Brasil.

"Ao longo dos últimos 4 anos, o Brasil passou pela pandemia da Covid-19. Enfrentamos eleições presidenciais conturbadas que dividiram o país. Passamos por constantes ataques à democracia, que culminaram no infame dia 8 de janeiro, com a invasão dos três poderes", disse o ministro. "O procurador nos garantiu firmeza com o Estado de Direito. Teve uma postura de equilíbrio e sensatez na condução do órgão de cúpula".

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