O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem pressa em definir o próximo procurador-geral da República e evitar o que ele chama de "mandato-tampão". O objetivo é que o escolhido assuma o cargo de forma definitiva após uma rápida nomeação, sem a necessidade de interinidade por parte da subprocuradora-geral da República Elizeta Ramos, segundo informações do jornal O Globo.
A data-limite para a escolha se aproxima: caso não haja definição até o dia 26 de setembro, Elizeta assumirá interinamente o cargo. Lula, no entanto, pretende que ela permaneça como PGR apenas o tempo necessário para que o nome escolhido seja aprovado pelo Senado.
Três nomes estão na disputa para o cargo de PGR: Paulo Gonet, Antônio Carlos Bigonha e Mario Bonsaglia. O presidente busca alguém que proponha uma revisão dos métodos do Ministério Público, evitando a reaglutinação do mesmo sistema que marcou a era da Operação Lava-Jato.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), manifestou apoio à recondução de Augusto Aras como procurador-geral, mas a decisão final cabe a Lula.
“O perfil tem que ter alguém que tenha maturidade, conhecimento interno da casa, e não deixar que o mesmo sistema anterior se reaglutine para a gente não viver de novo esse assunto. Para mim, esse é o elemento principal”, opinou Jaques Wagner em entrevista à CNN Brasil.